"Estima-se que este número aumente para 3,5 milhões em 2025", avançou a organização, pedindo à comunidade internacional que dê apoio imediato para resolver este problema crítico.
"Todas as contribuições podem salvar vidas", referiu o OCHA, sublinhando a necessidade urgente de ajuda.
A crise acontece no contexto de um cenário político e económico complexo no Afeganistão que tem piorado desde a tomada do poder pelos talibãs, em agosto de 2021.
As sanções internacionais, com o congelamento dos bens afegãos e a retirada da ajuda internacional, afetaram severamente a economia do país, levando à pobreza e ao desemprego generalizados.
Estes fatores, somados à seca e a deslocações contínuas dos cidadãos, criaram o cenário perfeito para um desastre humanitário amplo no Afeganistão.
De acordo com o Plano de Resposta Humanitária 2025 do OCHA, embora se tenham registado algumas melhorias desde o inverno de 2021, a fome continua a ser generalizada, com cerca de 14,8 milhões de pessoas, mais de um terço da população, em insegurança alimentar aguda.
Além disso, alerta o plano, em 2025, quase metade da população afegã (aproximadamente 22,9 milhões de pessoas) necessitará de ajuda humanitária para sobreviver devido à capacidade limitada de satisfazer as necessidades crónicas e agudas.
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