"De momento não temos conhecimento de cidadãos nacionais que tenham sido afetados, mas teremos que admitir que possam vir a ser atingidos", afirmou, numa conferência de imprensa convocada para falar de eleições internas na Guiné-Bissau.
Questionado sobre a nova política externa dos Estados Unidos da América, Carlos Pinto Pereira adiantou que a Guiné-Bissau está alinhada com os países que condenam as orientações da administração Trump.
"É uma política com a qual não concordamos, teremos que a aceitar se ela for aplicada a cidadãos guineenses, mas, de facto, condenamos completamente", afirmou.
O chefe da diplomacia guineense disse subscrever o que alguns países africanos já defenderam da necessidade de África assumir a sua posição.
O governante ressalvou que "os Estados Unidos são soberanos na definição da sua política externa" e considerou que "as partes que se relacionam com os Estados Unidos, cada uma vai relacionar-se à sua maneira, de acordo com as suas necessidades".
"Nós estamos a ver reações na Europa e noutros continentes, todos eles vão posicionar-se em função daquilo que é o seu relacionamento com os Estados Unidos", acrescentou.
A ligação diplomática entre a Guiné-Bissau e os Estados Unidos da América é feita através da Embaixada dos Estado Unidos da América em Dacar, no vizinho Senegal.
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