Estes são alguns dos resultados preliminares da operação SHIELD V, desenvolvida entre abril e novembro de 2024 e que juntou autoridades policiais, judiciais, alfandegárias, médicas e de antidoping de 30 países no combate ao tráfico de medicamentos falsificados e substâncias dopantes ilícitas.
Segundo a Europol, agência europeia que coordenou a operação, foram ainda investigados 52 grupos de crime organizado, desmantelados quatro laboratórios e apreendidas 426.016 embalagens ilegais de produtos farmacêuticos, 4.111 quilos de matéria-prima, 174.968 frascos e ampolas e mais de 4,6 milhões de comprimidos e pílulas.
Com sede em Haia, nos Países Baixos, a Europol apoia os Estados-membros na prevenção e luta contra formas graves de criminalidade internacional e organizada, cibercriminalidade e terrorismo.
Em comunicado, a Europol alertou que o crime farmacêutico tem um impacto direto na saúde e segurança públicas, afetando consumidores, comunidades e sistemas nacionais de saúde, e gerando "enormes perdas financeiras para empresas legítimas".
Segundo referiu, a comercialização de medicamentos falsificados está a aumentar da União Europeia, com as redes sociais e os mercados online, incluindo a `dark web´, a assumirem-se como centrais para a transação desses produtos.
"Essas plataformas fornecem vários graus de anonimato e têm como alvo públicos amplos, tornando desafiador identificar os criminosos envolvidos", reconheceu ainda a Europol, ao adiantar que redes de crime organizado são responsáveis pela venda de produtos farmacêuticos de baixa qualidade, rotulados incorretamente ou falsificados e desviados das cadeias legais de distribuição.
A operação SHIELD foi liderada por um grupo composto por autoridades policiais francesas, gregas, italianas e espanholas.
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