"Nas últimas três semanas, não vimos nem detetámos qualquer atividade ou confronto armado com os norte-coreanos", disse o coronel Oleksandr Kindratenko, em declarações à agência France Presse (AFP).
"Acreditamos que foram retirados devido às pesadas perdas que sofreram graças a nós [as forças especiais] e às forças de defesa da Ucrânia", prosseguiu, questionado pela AFP sobre informações neste sentido reveladas pelo jornal norte-americano The New York Times.
No entanto, não quis estimar essas perdas e sugeriu ainda que as tropas norte-coreanas estavam a retirar-se para "recuperar e serem usadas de outra forma".
As informações sobre o curso da guerra na Ucrânia divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.
Questionadas pela AFP sobre as informações avançadas pelo The New York Times, as autoridades russas recusaram-se a comentar.
"Há [na vida norte-americana] muitas coisas diferentes, algumas certas, outras erradas, algumas mentiras, algumas distorções da realidade, é por isso que provavelmente não é apropriado comentar sobre [elas] todas as ocasiões. Não vamos fazer isso", disse apenas o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov.
Seul, Kyiv e Washington alegam que a Coreia do Norte enviou cerca de 11 mil soldados para a região fronteiriça russa de Kursk desde outubro passado para ajudar a retomar o território que a Ucrânia controla desde uma ofensiva surpresa em agosto do ano passado.
Moscovo não confirmou nem desmentiu esta informação.
A ofensiva ucraniana tinha como um dos seus principais objetivos desviar atenções da Rússia, que prossegue a sua progressão na frente leste da Ucrânia, que invadiu em fevereiro de 2022.
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