Países árabes rejeitam sugestão de Trump de retirar palestinianos de Gaza

Os países árabes, reunidos hoje no Cairo, rejeitaram a sugestão feita pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar os palestinianos de Gaza e deslocá-los no Egito e na Jordânia.

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© Chip Somodevilla/Reuters

Lusa
01/02/2025 13:44 ‧ há 1 hora por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Em comunicado conjunto, após uma reunião de chefes da diplomacia na capital egípcia, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia e Qatar, juntamente com a Autoridade Palestiniana e a Liga Árabe, refutaram os planos de retirar os palestinianos dos territórios de Gaza e da Cisjordânia, ocupados por Israel.

 

Esses planos - sustentam - "ameaçam a estabilidade na região, arriscam expandir o conflito e minam as perspetivas de paz e coexistência entre os povos".

As nações árabes recusaram ainda "a expulsão e demolição de casas, a anexação de terras ou a retirada dos proprietários dessas terras ou a promoção do desenraizamento dos palestinianos, seja de que forma for e em qualquer circunstância ou com qualquer justificação".

Há uma semana, o Presidente norte-americano apresentou a ideia de deslocar os habitantes da Faixa de Gaza para Jordânia e Egito, com o objetivo de "limpar" o território palestiniano.

Donald Trump comparou a Faixa de Gaza a um "campo de demolição" e foi aplaudido por membros de extrema-direita do Governo israelita.

Os representantes árabes instaram hoje a comunidade internacional a esforçar-se para planificar e executar a "recontrução integral da Faixa de Gaza, o mais rapidamente possível, de maneira a garantir que os palestinianos permaneçam nas suas terras", sugerindo, em concreto, a realização de uma conferência internacional sob a égide das Nações Unidas, para esse efeito.

Simultaneamente, exigiram a retirada "total" das forças israelitas do território palestiniano, de modo a permitir que as autoridades locais assumam funções.

Quinze meses de guerra entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza provocaram mais de 47 mil mortos e um elevado nível de destruição de infraestruturas no território controlado pelo grupo extremista palestiniano Hamas desde 2007.

A ofensiva israelita foi desencadeada por um ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.

Os combates cessaram em 19 de janeiro, véspera da posse de Trump como Presidente dos Estados Unidos, no âmbito de um acordo de cessar-fogo negociado por vários mediadores, incluindo Qatar e Egito.

Desde que entrou em vigor, a trégua tem permitido a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos e o reforço da ajuda humanitária em Gaza.

Leia Também: "Não vamos descansar ou ficar em silêncio até que todos regressem"

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