O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, este sábado, na sua residência privada em Mar-a-Largo, na Florida, novas tarifas alfandegárias extraordinárias sobre produtos importados do Canadá, do México e da China.
A decisão foi partilhada na rede social Truth Social onde Trump anunciou que será aplicada uma taxa de 25% a todas as exportações oriundas do México e do Canadá. No caso da China, a taxa será de 10%.
O Canadá verá ainda ser aplicada uma taxa de 10% no petróleo e produtos energéticos.
"Isto foi feito através da Lei Internacional de Poderes Económicos de Emergência (IEEPA) devido à grande ameaça de estrangeiros ilegais e drogas mortais que matam os nossos cidadãos, incluindo o fentanil. Precisamos de proteger os americanos e é meu dever enquanto presidente garantir a segurança de todos", pode ler-se no comunicado do presidente dos EUA.
A 'IEEPA' autoriza unilateralmente um presidente a gerir as importações durante uma emergência nacional.
As tarifas entrarão em vigor na manhã de terça-feira, 4 de fevereiro, às 00h01 horário local (05h01 em Lisboa).
A implementação destas tarifas correm o potencial risco de aumentar substancialmente os preços para os consumidores americanos numa vasta gama de bens essenciais, avança a CNN News.
A maioria dos americanos, segundo o mesmo meio, depende de produtos energéticos canadianos, incluindo petróleo, eletricidade e gás natural - para combustível e aquecimento doméstico.
De acordo com a Casa Branca, a ordem de Donald Trump também inclui um mecanismo para aumentar as taxas aduaneiras em caso de retaliação destes países - os três principais parceiros comerciais dos Estados Unidos e que no total representam mais de 40% das importações do país.
Trump tinha vindo a ameaçar a imposição de tarifas para garantir uma maior cooperação dos países para impedir a imigração ilegal e o contrabando de produtos químicos usados para fazer fentanil, um poderoso opiáceo que está a causar estragos nos Estados Unidos.
O presidente republicano também tinha prometido usar tarifas para impulsionar a produção nacional e aumentar as receitas do Governo federal americano.
[Notícia atualizada às 23h56]
Leia Também: EUA querem que a Ucrânia realize eleições após potencial cessar-fogo