Gronelândia prepara lei para proibir doações estrangeiras a partidos políticos

A Gronelândia pretende aprovar um projeto de lei que proíbe o financiamento dos partidos políticos por doadores estrangeiros ou anónimos, indicou hoje a agenda do parlamento do território autónomo dinamarquês, cobiçado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

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Lusa
03/02/2025 17:37 ‧ há 3 horas por Lusa

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O projeto de lei tem como objetivo "salvaguardar a integridade política da Gronelândia", de acordo com o documento divulgado, que se refere à situação atual, "em que representantes de uma superpotência aliada manifestaram interesse em assumir e controlar" o território.

 

A sua adoção não deverá causar problemas, uma vez que o executivo tem maioria no Inatsisartut, o parlamento da Gronelândia, e entrará em vigor imediatamente.

O documento prevê que "os partidos, incluindo as filiais locais e as juventudes [partidárias], não estão autorizados a receber contribuições de doadores estrangeiros ou anónimos".

Os doadores estrangeiros são definidos como aqueles que residem ou estão domiciliados fora da Gronelândia.

O projeto de lei será estudado com urgência na terça-feira, um dia após o Inatsisartut retomar os seus trabalhos.

Desde as primeiras declarações de Donald Trump a proclamar a necessidade de adquirir a ilha do Ártico, os seus dirigentes têm repetido que esta não está à venda.

A Dinamarca, país a que pertence o território autónomo, comentou que a Gronelândia pertence aos seus habitantes e assegurou ainda o apoio dos seus parceiros europeus no respeito pelas fronteiras e pela soberania nacional.

As eleições na Gronelândia deverão ser realizadas até 06 de abril e os políticos estão preocupados com uma possível interferência estrangeira.

"Pessoas diferentes, grupos diferentes tentarão influenciar as eleições na Gronelândia como um todo", disse recentemente à agência France Presse (AFP) Aaja Chemnitz, que representa o território no parlamento dinamarquês.

Donald Trump disse pela primeira vez que queria comprar a Gronelândia em 2019, durante o seu primeiro mandato na Casa Branca, uma oferta que tanto o território autónomo como a Dinamarca rejeitaram.

Esta ilha ártica com dois milhões de quilómetros quadrados (80% dos quais cobertos de gelo) conta com uma população de apenas 56 mil habitantes.

Desde 2009, a Gronelândia tem um novo estatuto que reconhece o direito à autodeterminação.

Os Estados Unidos mantêm uma base militar no norte da Gronelândia ao abrigo de um amplo acordo de defesa assinado em 1951 entre Copenhaga e Washington.

Leia Também: PM dinamarquesa debaterá com Trump, mas Gronelândia "não está à venda"

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