Estava a ser um dia normal na escola Risbergska, na cidade de Örebro, quando o "pior tiroteio em massa da História" da Suécia aconteceu, deixando "cerca de uma dezena de mortos" - naqueles que são números que podem vir a alterar-se.
Maria Pegado, uma professora do centro educativo para adultos, contou à Reuters que se preparava para o período de aulas da tarde quando alguém abriu a porta da sua sala a dar conta do alerta. A professora não percebeu o que se passava de início, mas entendeu que era "grave" quando viu pessoas a "arrastar feridos".
O que se passou na escola continua com muitas perguntas por responder, como, por exemplo, as motivações para o ataque ou identidades - tanto das vítimas como do agressor, de quem o único detalhe conhecido é que este é um homem.
As vítimas (e o atirador)
Na primeira conferência de imprensa, as autoridades não falaram sobre o número de mortos, dizendo que não podiam dizer se havia ou não. O primeiro detalhe a saltar à vista foi o de que não havia crianças entre os hospitalizados.
Mais tarde, e sem dar números certos, as autoridades falaram dos mortos, que são, até ao último balanço, "cerca de dez".
Quanto ao atirador, as autoridades disseram primeiro que este poderia estar entre os hospitalizados, dando conta, numa outra conferência ao final da tarde, de que este estava entre os mortos.
Segundo a TV4, o presumível assassino tinha 35 anos e licença de porte de arma. Não estava registado na polícia, que acredita que o mesmo terá agido sozinho e que não tem ligações a grupos criminosos - tendo também excluído inicialmente ligações a organizações terroristas.
A escola, designada Campus Risbergska, destina-se a alunos com mais de 20 anos de idade e leciona cursos de ensino primário e secundário, bem como aulas de sueco para imigrantes, formação profissional e programas para pessoas com deficiências intelectuais, segundo a sua plataforma 'online'.
O número total de vítimas e de feridos ainda não estão 'fechados', sendo que uma das pessoas hospitalizada ainda corre perigo de vida, segundo o que escreve o The Guardian.
As buscas a investigação (e a falta de explicações)
Entre conferências e números oficiais, as autoridades fizeram buscas ao apartamento do atirador, na mesma cidade em que aconteceu o ataque (e que dista perto de 200 quilómetros da capital, Estocolmo).
As motivações para o tiroteio ainda não são conhecidas, não tendo as autoridades falado acerca das hipóteses que estão a ser colocadas em cima da mesa.
Depois de já ter lamentado a situação e ter considerado este "o dia mais doloroso" para o país, o primeiro-ministro, Ulf Kristersson, considerou que este era "o pior tiroteio em massa da História da Suécia" e que houve uma "violência brutal" neste ataque.
"Há de chegar o momento em que saberemos o que aconteceu, como pôde acontecer e que motivos poderão estar por detrás disso. Não especulemos", afirmou Kristersson.
Segundo as autoridades explicaram em conferência de imprensa, "não havia sinais de alerta" quanto ao atirador.
Apesar de o centro educativo muito provavelmente não abrir portas durante o resto da semana, os restantes estabelecimentos de ensino da cidade vão continuar com as aulas.
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