O atirador, que ainda não foi oficialmente identificado, terá frequentado o estabelecimento na cidade de Orebro, cerca de 200 quilómetros a oeste de Estocolmo, disseram as autoridades, segundo a agência norte-americana AP.
A polícia disse que as vítimas eram de várias nacionalidades e a embaixada da Síria em Estocolmo confirmou a existência de sírios entre elas.
"A Embaixada da República Árabe Síria no Reino da Suécia (...) expressa as suas condolências e simpatia às famílias das vítimas, incluindo os sírios", lê-se numa mensagem da embaixada nas redes sociais citada pela agência francesa AFP.
Além dos mortos, cinco pessoas ficaram gravemente feridas e uma sofreu ferimentos ligeiros.
Três mulheres e dois homens foram operados no Hospital Universitário de Orebro e estavam hoje de manhã em estado considerado grave, mas estável, segundo as autoridades.
Uma outra mulher foi tratada por ferimentos ligeiros.
As autoridades disseram que todas as vítimas tinham mais de 18 anos.
Os motivos do tiroteio no centro de formação de adultos continuavam hoje a ser desconhecidos, disse a polícia.
As autoridades disseram que o atirador tinha licenças para quatro armas, três das quais foram encontradas junto ao corpo, bem como uma grande quantidade de munições não utilizadas.
A polícia disse que não houve avisos prévios e acredita que o autor do crime agiu sozinho.
As autoridades disseram que, até à data, não há suspeitas de ligações ao terrorismo.
"Estamos a interrogar testemunhas e pessoas com ligações ao autor do tiroteio. Ainda não temos respostas", declarou a responsável pela investigação Anna Bergkvist, numa conferência de imprensa.
A escola, Campus Risbergska, oferece aulas de ensino primário e secundário para adultos a partir dos 20 anos, aulas de língua sueca para imigrantes, formação profissional e programas para pessoas com deficiências intelectuais.
O ministro da Justiça, Gunnar Strommer, classificou o tiroteio como um acontecimento que abala toda a sociedade sueca "até ao seu âmago".
O Rei Carlos XVI Gustavo e o primeiro-ministro Ulf Kristersson ordenaram que as bandeiras fossem colocadas a meia haste no Palácio Real e nos edifícios governamentais.
Pessoas de luto reuniram-se à porta da escola, confortando-se mutuamente e deixando velas e flores em honra das vítimas.
"Ouvimos falar disto em diferentes partes do mundo, mas é claro que é um choque. É a nossa cidade natal e tantas vidas foram destruídas", disse à agência Associated Press (AP) Malin Hilmberg, 37 anos, junto a um memorial improvisado perto do local do crime.
"É muito estranho estar no meio, onde vivo, na Suécia, em Orebro, e isto estar em todo o mundo", disse Emelia Fredriksson, 53 anos.
"Estão [em todo o mundo] a ver-nos agora e é uma sensação muito estranha", acrescentou, em declarações à AP.
O rei e a rainha Sílvia assistiram hoje a uma cerimónia fúnebre em Orebro juntamente com Kristersson.
"Estamos aqui para mostrar o nosso pesar a todas as famílias que têm os seus entes queridos, que têm pessoas que perderam as suas vidas", disse o monarca aos jornalistas no exterior do memorial improvisado.
"Mas também devem lembrar-se sempre que não estão sozinhas. Penso que hoje toda a Suécia vai participar e está a apoiá-los", acrescentou.
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