Foi declarado Estado de Emergência na ilha grega de Santorini após vários dias de sismos consecutivos, noticia a BBC News.
O decreto está em vigor até dia 3 de março para "responder às necessidades de emergência e lidar com as consequências", segundo as autoridades locais.
Entre a noite de quarta-feira e hoje, a ilha voltou a ser atingida por uma nova série de terramotos com magnitude superior a 4,0 na escala de Richter.
Os tremores foram registados no seguimento de um sismo com magnitude 5,2 que ocorreu na noite de quarta-feira - pelas 21h09 no horário local (19h09 em Lisboa) - o mais forte desde o fim de semana.
Na sequência dos vários sismos que têm sido sentidos, mais de 11 mil pessoas já abandonaram Santorini, com receio de um abalo de maior intensidade.
Apesar das ocorrências, nenhum dano significativo foi registado na ilha, mas, mesmo assim, foram tomadas medidas preventivas pelas autoridades caso aconteça um sismo de maior intensidade.
O diretor do Instituto de Geodinâmica Vasilis Karastathis, em declarações à ERTNews, disse que "a atividade sísmica continua ao mesmo ritmo que nos últimos dias, intensa" e revelou que foram registados "um número bastante alto de sismos com magnitudes acima dos 4,0", cita a BBC News.
"Ainda assim, não estamos em condições de dizer que vemos qualquer prova que possa levar a que a sequência seja lentamente concluída. Ainda estamos a meio do caminho. Não vimos nenhum decréscimo, nenhum sinal de que esteja a caminhar para um recuo", acrescentou.
Na sequência da atividade sísmica, é esperada a visita do primeiro-ministro da Grécia, Kyriákos Mitsotákis, à ilha de Santorini, na sexta-feira.
O acesso a diversas zonas costeiras foi proibido e todas as escolas de Santorini, Amorgos e ilhas vizinhas vão permanecer encerradas até sexta-feira, de acordo com as autoridades locais, como medidas preventivas face às ocorrências. Por sua vez, na ilha de Santorini foram cancelados eventos públicos, proibidos trabalhos de construção civil em determinadas zonas e restringidas as viagens para a ilha.
De acordo com os cientistas, os sismos não estão relacionados com os vulcões adormecidos da região.
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