Justiça espanhola pede ajuda a França para investigar espionagem com Pegasus

A justiça espanhola emitiu um pedido de cooperação às autoridades francesas no âmbito da investigação da espionagem de que foram alvo membros do Governo de Espanha com o 'software' Pegasus, segundo um comunicado oficial divulgado hoje.

Notícia

© Shutterstock

Lusa
06/02/2025 20:51 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Pegasus

Em abril do ano passado, a justiça espanhola reabriu o caso da espionagem do telemóvel do líder do Governo, Pedro Sánchez, e mais três ministros com o programa informático Pegasus, depois de ter recebido novos dados das autoridades de França.

 

Agora, e segundo um comunicado da Audiência Nacional divulgado hoje, o juiz que tem a tutela desta investigação pediu maior cooperação a França, nomeadamente, "um intercâmbio mais alargado de informação".

O juiz pediu, em concreto, as informações que a empresa israelita NSO Group, que desenvolveu o Pegasus, forneceu a França sobre o funcionamento do 'software', no âmbito de uma investigação levada a cabo neste país pela Agência Nacional Francesa de Segurança dos Sistemas Informáticos.

O magistrado pediu já no passado informações à empresa NSO Group e a Israel, mas não obteve resposta, pelo que voltou a enviar uma carta rogatória com as mesmas solicitações dirigida às autoridades de Telavive, segundo o comunicado hoje divulgado.

O programa Pegasus já foi usado para espionagem de mais de mil pessoas em 50 países, incluindo ativistas e jornalistas, de acordo com peritos da área da segurança e uma investigação jornalística de meios de comunicação social de vários países de 2021.

Em França, o Presidente do país, Emmanuel Macron, e vários ministros foram espiados com o Pegasus.

Em Espanha, o Governo revelou em maio de 2022 que o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, a ministra da Defesa, Margarita Robles, o ministro da Administração Interna, Fernando Grande-Marlaska, e o ministro da Agricultura, Luis Planas, tinham sido espiados pelo mesmo 'software', num "ataque externo" cujo perpetrador permanece desconhecido.

A justiça espanhola investigou inicialmente quase durante um ano este caso, antes de determinar o arquivamento pela falta de cooperação de Israel.

A investigação acabou por ser reaberta em abril de 2024, na sequência de informações recebidas de França, cujas autoridades pediram informações à empresa NSO e dirigiram pedidos de cooperação judicial a Israel e aos Estados Unidos.

Além do caso que envolve os membros do Governo, há um outro em Espanha, ainda em investigação, relacionado com separatistas catalães espiados com o Pegasus.

A espionagem de 18 políticos catalães independentistas, com autorização judicial, foi confirmada pela anterior chefe dos serviços secretos espanhóis, Paz Esteban, demitida do cargo pelo Governo em 2022.

Leia Também: PJ recaptura (todos) os fugitivos de Vale de Judeus. Recorde caso a caso

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas