O detido, de apelido Han, ocupava um cargo com acesso a informações sensíveis numa instituição oficial, cujos detalhes não foram divulgados pelo ministério.
De acordo com a investigação, nos últimos meses, Han terá recolhido documentos do seu local de trabalho utilizando dispositivos de armazenamento externos e fotografias tiradas com o seu telemóvel.
Posteriormente, o funcionário contactou uma agência estrangeira através de plataformas 'online', oferecendo acesso a algum do material recolhido, em troca de uma compensação financeira.
Han começou a planear a atividade criminosa depois de desenvolver uma predileção por um "estilo de vida luxuoso e hedonista", influenciado por conteúdos 'online' que promoviam "a ostentação da riqueza", de acordo com as autoridades.
Após uma primeira transação, o suspeito tentou continuar com a entrega de mais documentos, altura em que foi identificado e detido pelas autoridades.
No momento da detenção, o funcionário, que vai ser "severamente punido pela lei", estava no computador a negociar a venda de informações adicionais, segundo o ministério, que não especificou o local nem a data da detenção.
O comunicado recordou que a lei chinesa prevê penas que podem ir até à prisão perpétua para pessoas envolvidas em atividades de espionagem e até à pena de morte nos casos mais graves, sublinhando a necessidade de reforçar a vigilância e o respeito pelas regras de segurança nas organizações com acesso a documentos considerados sensíveis.
O ministério relata regularmente casos de espionagem e tem pedido repetidamente aos cidadãos chineses que desconfiem de ofertas de emprego suspeitas ou de pedidos de informação, especialmente de fontes estrangeiras, e que evitem partilhar dados sensíveis na Internet.
No verão de 2023, o Ministério apelou à mobilização de "toda a sociedade" para "prevenir e combater a espionagem" e anunciou uma série de medidas para "reforçar a defesa nacional" contra as "atividades dos serviços secretos estrangeiros".
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