Vários reféns israelitas sequestrados durante o ataque do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro de 2023, deverão ser libertados no sábado em troca de um grande número de prisioneiros palestinianos mantidos em prisões israelitas, no âmbito do acordo de tréguas entre Israel e o movimento islamita.
No entanto, não foi divulgada qualquer informação sobre esta troca, a quinta durante o cessar-fogo iniciado a 19 de janeiro.
"Nós apoiamos-vos e estamos convosco. Não percam esta oportunidade", disse o Fórum das Famílias numa declaração dirigida ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
"Envie a delegação negocial ao Qatar com um mandato claro para concluir o acordo e trazer todos os reféns para casa", acrescentou.
As negociações entre o Hamas e Israel sobre a segunda fase do acordo de tréguas começaram na terça-feira através de mediadores, segundo um porta-voz do movimento palestiniano.
Enquanto o primeiro-ministro israelita estava em Washington e se reunia com as autoridades norte-americanas responsáveis pelo tema, Israel anunciou que enviaria uma delegação ao Qatar no fim da semana.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, surpreendeu todos ao propor a tomada do território palestiniano pelos Estados Unidos e a deslocação da sua população para que pudesse ser reconstruído.
"Os testemunhos sobre as condições de cativeiro feitos pelos reféns libertados são assustadores. Os reféns não têm mais tempo a perder, têm de ser libertados", insistiu o fórum.
"Toda uma nação está a exigir que os reféns regressem a casa: os vivos para se reunirem com as suas famílias, e os mortos para um enterro apropriado. Agora é o momento de garantir que o acordo seja concluído, até ao último" refém.
Desde que a trégua teve início, a 19 de janeiro, foram realizadas quatro rondas de libertação de reféns e prisioneiros.
Mas o silêncio mantido sobre a próxima troca torna-se pesado. "Não temos informações" sobre a lista de reféns que poderão ser libertados no sábado, confirmou um porta-voz do fórum, citado pela agência de notícias francesa AFP.
Dos 33 que foram libertados na primeira fase (em troca de 1.900 detidos palestinianos), o exército israelita disse que pelo menos oito morreram.
A segunda fase deverá resultar na libertação de todos os outros e no fim definitivo da guerra em Gaza.
"Por detrás das palavras 'Fase Dois' estão rostos, famílias e uma nação inteira. Não temos futuro nem esperança sem o seu regresso", sublinhou o Fórum.
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