"Não podemos transferir a população de Gaza para o Egito", disse Scholz durante um comício na cidade alemã de Ludwigsburg, onde apelou às partes para que façam tudo o que for possível para reduzir as tensões e avançar para a solução "dois Estados".
No mesmo comício da campanha eleitoral que decorre na Alemanha, Scholz lamentou a ordem executiva dos Estados Unidos sobre sanções contra membros do Tribunal Penal Internacional (TPI).
"Não acho que seja a coisa certa a fazer", disse o chanceler alemão.
Scholz advertiu que as sanções, que ainda não foram especificadas, põem em risco uma instituição que deve garantir que os "ditadores do mundo" não possam perseguir as populações ou iniciar guerras.
Washington pretende utilizar as sanções como instrumentos de pressão para penalizar qualquer eventual investigação contra os Estados Unidos e aliados, nomeadamente Israel.
A ordem executiva da Administração norte-americana acusa a instituição internacional de ter tomado medidas ilegais e infundadas contra os Estados Unidos.
O texto, divulgado pela Casa Branca na quinta-feira, proíbe a entrada nos Estados Unidos de dirigentes, funcionários e agentes do TPI, bem como familiares mais próximos e de qualquer pessoa considerada como tendo prestado assistência ao trabalho de investigação do tribunal internacional.
O decreto prevê igualmente o congelamento de todos os bens detidos nos Estados Unidos por essas mesmas pessoas ligadas ao TPI.
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