Investigação à explosão de Beirute em 2020 retomada após bloqueios

A investigação à explosão de 2020 que matou mais de 220 pessoas e feriu 6.500 em Beirute foi hoje formalmente retomada com o interrogatório de dois suspeitos do caso, após o processo ter ficado bloqueado por quase três anos.

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Lusa
07/02/2025 15:09 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Líbano

"O magistrado Tarek Bitar, responsável pela investigação judicial do caso da explosão do porto de Beirute, retomou hoje as investigações sobre o caso e interrogou dois dos arguidos na presença dos seus advogados de defesa", noticiou a Agência Nacional de Notícias libanesa (ANN).

 

Segundo a imprensa estatal, duas outras pessoas que também deveriam testemunhar hoje não compareceram, alegando internamento hospitalar e ausência do país, respetivamente, pelo que os interrogatórios foram adiados para data a determinar.

Bitar tenciona interrogar quatro funcionários aduaneiros na próxima semana.

A gigantesca explosão de 04 de agosto de 2020, que as autoridades libanesas têm atribuído oficiosamente a um incêndio num depósito no porto onde se encontravam armazenadas cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio, provocou mais de 220 mortos e cerca de 6.500 feridos, deixou mais de 300.000 pessoas desalojadas e ainda mais de duas dezenas de desaparecidos.

As causas exatas da explosão, uma das maiores não nucleares da história, e que devastou bairros inteiros da capital, ainda são desconhecidas, assim como a identidade dos responsáveis.

A investigação judicial lançada no país logo após a explosão tem sido continuamente obstruída por antigos altos funcionários suspeitos de negligência no caso e, com poucos progressos realizados, foi suspensa indefinidamente no final de 2021.

No início de 2023, o juiz de instrução tentou retomar unilateralmente o inquérito, mas foi denunciado pelo procurador-geral do Líbano, Ghasan Oueidat, uma das pessoas que tinha convocado para depor, juntamente com antigos ministros e altos responsáveis da segurança, alguns deles ligados à ala política do movimento xiita libanês Hezbollah.

Bitar agendou os novos interrogatórios pouco depois de o novo primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, também juiz e antigo presidente do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), se ter comprometido a trabalhar no sentido da responsabilização no caso, após a sua nomeação no mês passado.

Leia Também: Egito pronto a participar na reconstrução do Líbano pede retirada de Israel

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