Em outubro, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou um investimento de cerca de 22 mil milhões de libras (26,4 mil milhões de euros), ao longo de 25 anos, na captura e armazenamento de carbono, um projeto que deverá ajudar o Reino Unido a cumprir os seus compromissos em matéria de clima e a criar milhares de postos de trabalho.
No entanto, segundo a comissão, "não há exemplos" desta tecnologia a funcionar "em grande escala no Reino Unido". "Os exemplos internacionais mostram que as expectativas do Governo relativamente ao seu desempenho estão longe de estar garantidos", referem, em comunicado, citado pela agência France-Presse (AFP).
Os deputados "não estão convencidos" de que a captura de carbono seja "a bala de prata em que o Governo parece estar a apostar", afirmou o conservador Geoffrey Clifton-Brown, presidente da Comissão de Contas Públicas.
O relatório salienta que o próprio Governo estimou, no ano passado, que as suas ambições iniciais de armazenar CO2 utilizando esta tecnologia seriam inatingíveis e pede-lhe que garanta que os contribuintes e os consumidores vão acabar por beneficiar destes projetos futuros.
Em declarações à AFP, um porta-voz do Governo britânico aponta que "a captura, utilização e armazenamento de carbono são essenciais para reforçar a independência energética" e cumprir os objetivos climáticos do país.
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