"O tornado Trump [presidente dos EUA, Donald Trump] mudou o mundo em apenas algumas semanas e foi o fim de uma era.[...]Ontem diziam que éramos o passado, hoje toda a gente vê que somos o futuro", defendeu, citado pela agência Efe.
Durante um discurso marcado por mensagens nacionalistas e críticas à imigração, Orbán criticou a política da União Europeia: "Por causa de Bruxelas, a economia europeia está a entrar em colapso", disse.
"Estamos a gastar o nosso dinheiro na Ucrânia, numa guerra sem esperança, e a Europa está a ser invadida por imigrantes ilegais. Bruxelas abriu as portas aos imigrantes ilegais", insistiu.
Orbán defendeu as políticas do seu país contra a imigração e a diversidade de género - que levaram a sanções internacionais - e disse que a extrema-direita tem vindo a "construir uma Hungria conservadora, livre e cristã há 15 anos".
Na Hungria, acrescentou, "defendemo-nos contra a imigração, nenhum imigrante ilegal pode entrar na Europa através da Hungria. Atravessar a fronteira sem autorização é um crime no meu país".
"Na Hungria não existe qualquer compromisso em matéria de imigração e o resultado: o número de imigrantes na Hungria é zero", afirmou.
"Introduzimos na Constituição que todos os poderes do Estado têm a obrigação de defender a cultura cristã" e que "a mãe é uma mulher e o pai é um homem", continuou Orbán sobre as políticas de extrema-direita implementadas no seu país.
"Os burocratas de Bruxelas, os Estados Unidos e Soros [George Soros] andam atrás de nós porque protegemos o nosso país enquanto eles arruinaram a Europa", defendeu.
Orbán dedicou parte do seu discurso a elogiar Santiago Abascal, líder do espanhol Vox e anfitrião do encontro, e evocando a mitologia da Europa e das touradas, chegou a dizer que o espanhol é "um líder corajoso, o toureiro mais corajoso que alguma vez vi na política".
"Santi, vamos lutar juntos contra este touro bravo", concluiu o primeiro-ministro húngaro, convencido de que "chegou a hora" de o Vox chegar ao Governo de Espanha.
Orbán foi o impulsionador dos Patriotas pela Europa, que reúne a extrema-direita europeia e é a terceira força no Parlamento Europeu.
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