Mais de 200 mil pessoas manifestam-se em Munique contra extrema-direita

Mais de 200 mil pessoas manifestaram-se hoje em Munique, cidade no sul da Alemanha, contra a extrema-direita, disse um porta-voz da polícia na capital da Bavaria, sob o lema "a democracia precisa de ti".

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© LUKAS BARTH-TUTTAS/AFP via Getty Images

Lusa
08/02/2025 15:54 ‧ há 3 horas por Lusa

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Alemanha

A duas semanas antes das eleições legislativas alemãs, os manifestantes protestaram contra qualquer colaboração com o partido alemão de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), de acordo com agência de notícias France-Presse (AFP).

 

"Estimamos que o número de pessoas seja superior a 200 mil", informou a polícia da capital bávara, depois de ter falado em "mais de 100 mil", quando a manifestação começou, às 14h00 locais.

Os organizadores da manifestação "Munique é Multicolor" pretendem enviar "um sinal forte a favor da diversidade, da dignidade humana, da coesão e da democracia".

Para este sábado, "as avós contra a extrema-direita", movimento criado em 2018 inspirado numa iniciativa semelhante na Áustria, convocaram manifestações em várias cidades da Alemanha, incluindo Hanôver (norte), onde protestaram 24 mil pessoas, segundo a polícia.

No passado domingo, 160 mil pessoas, segundo dados da polícia, manifestaram-se em Berlim pelos mesmos motivos.

As manifestações foram desencadeadas na semana passada, após o início de uma aproximação entre o candidato conservador (CDU) à chancelaria, e favorito nas sondagens, Friedrich Merz, com a AfD: confiou neste partido para que o Bundestag (parlamento alemão) adotasse uma moção não vinculativa destinada a bloquear todos os estrangeiros indocumentados na fronteira, incluindo os requerentes de asilo.

Até agora, os partidos tradicionais recusaram qualquer cooperação a nível nacional com a extrema-direita, em nome do "cordão sanitário" ou "firewall" criado contra a formação nacionalista e hostil aos migrantes.

Reunidos na segunda-feira num congresso, os conservadores da União Democrata Cristã (CDU), partido liderado por Merz, no entanto, proclamaram em voz alta que excluíam qualquer governo com a AfD, o segundo nas sondagens, depois dos conservadores.

A Alemanha tem eleições legislativas antecipadas marcadas para 23 de fevereiro, depois de o Presidente ter dissolvido o parlamento, na sequência da queda da coligação governamental liderada por Olaf Scholz e composta por SPD (socialistas), liberais do FDP e Verdes.

Leia Também: Orbán acredita que a extrema-direita é o futuro da Europa

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