Numa manifestação em Paris de milhares de seguidores do Conselho Nacional da Resistência Iraniana (CNRI, sediado em França), Maryam Rajavi afirmou que, com a Síria e o Líbano fora do seu controlo, o regime religioso "recorre de forma desesperada às execuções, em Teerão e em todo o Irão, para tentar manter o controlo".
A presidente do CNRI afirmou ainda que, "no meio do dominó das derrotas, as fações em conflito do regime estão em desacordo há algum tempo sobre se devem ou não negociar com os Estados Unidos".
Milhares de pessoas vindas de França e de vários países europeus participaram na manifestação em Paris, que teve lugar na praça Denfert-Rochereau, sob o lema "Não à monarquia, não à teocracia, rumo a uma república democrática".
Além de Rajavi e de outros dirigentes das entidades federadas no NCRI, participaram também convidados estrangeiros como o ex-primeiro-ministro belga Guy Verhofstadt e a política e ativista franco-colombiana Íngrid Betancourt.
Em declarações à agência de notícias EFE, Íngrid Betancourt justificou a sua presença nesta manifestação: "Hoje no mundo estamos divididos entre democratas e acólitos das tiranias, e é preciso escolher o nosso lado na história".
A ativista franco-colombiana acrescentou que "o regime iraniano é uma tirania organizada em torno da forma de permanecer no poder e este manual foi copiado em todo o mundo", na sua opinião também na Venezuela.
"É a mesma tirania, com as mesmas práticas de corrupção, repressão sem controlo, sem limites", disse Betancourt, que lembrou que o Irão mantém "reféns do Estado" de vários países, incluindo a França, e executa opositores pelo único crime de o serem.
O Irão tem como chefe de Estado, desde julho de 2024, Masoud Pezeshkian.
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