Em causa está, segundo o procurador, "perdas provocadas pela má gestão" da empresa CITGO, a filial da empresa estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) nos EUA, da petroquímica Monómeros Colombo-Venezuelanos e a alegada perda de dinheiro destinado para ajuda humanitária na Venezuela, atribuído pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
"Nós solicitámos à Interpol um mandado de captura com alerta vermelho contra Guaidó, entre outros. Estamos a aguardar a sua concretização. Este é o melhor momento para as autoridades norte-americanas entregarem este indivíduo altamente perigoso que revelou não só ter querido banhar o nosso país em sangue, mas também ter troçado das próprias autoridades norte-americanas", disse.
Tarek William Saab falava ao canal estatal de televisão Telesul, tendo sublinhado que apenas na CITGO teriam sido dilapidados 19 mil milhões de dólares e que apenas 2% dos recursos atribuídos pela USAID para ajudas humanitárias chegaram aos venezuelanos.
"É o momento, como já o disse e volto a afirmá-lo, da cooperação penal internacional entre os Estados Unidos e a Venezuela", frisou o procurador.
Segundo a Telesul a Venezuela tem 29 investigações abertas contra o líder opositor Juan Guaidó (que em 2019 jurou publicamente assumir as funções de Presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro do poder) e os EUA teriam atribuído à oposição venezuelana 3.5 mil milhões de dólares para a crise humanitária venezuelana, ao longo de sete anos.
Em 07 de fevereiro o Presidente Nicolás Maduro disse, durante um evento do Partido Socialista Unido da Venezuela, estar à espera que em breve Juan Guaidó e outros opositores fossem levados à justiça.
"Todo esse dinheiro que roubaram da CITGO, da USAID, das contas bancárias e o ouro, somando tudo, daria 31 mil milhões de dólares em cash, notas sobre notas (...). Meteram a mão nos bolsos dos contribuintes dos Estados Unidos, das instituições norte-americanas em nome do povo da Venezuela", denunciou Nicolás Maduro.
Segundo o diário venezuelano Últimas Notícias, em 2019 O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela ordenou várias medidas contra Juan Guaidó, entre elas a proibição de saída do país.
As medidas incluem ainda a proibição de alienação e oneração dos bens que lhes pertencem e bloqueio e congelamento das contas bancárias e de qualquer outro instrumento financeiro em território venezuelano.
Juan Guaidó, segundo a imprensa venezuelana, está atualmente asilado nos EUA.
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