"As imagens que vimos dos reféns mostram sinais de maus tratos e de desnutrição grave, refletindo as condições terríveis a que foram sujeitos em Gaza", afirmou o porta-voz do gabinete da ONU, Thameen Al-Kheetan, num comunicado.
"Estamos também profundamente preocupados com o desfile público dos reféns libertados pelo Hamas em Gaza, incluindo declarações aparentemente feitas sob coação durante a libertação", acrescentou Al-Kheetan.
O porta-voz manifestou igualmente a preocupação do gabinete dirigido pelo alto-comissário Volker Türk em relação às más condições e aos maus tratos infligidos aos palestinianos libertados por Israel.
"Recordamos a todas as partes em conflito que a tortura e outras formas de maus tratos infligidos a pessoas protegidas constituem crimes de guerra e que os seus autores devem ser condenados a penas proporcionais à gravidade da sua conduta", afirmou Al-Kheetan.
"O Hamas deve libertar imediata e incondicionalmente todos os reféns e Israel deve fazer o mesmo com todas as pessoas detidas arbitrariamente", concluiu o porta-voz.
Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas estão no meio de um cessar-fogo de seis semanas, durante o qual se prevê que o Hamas liberte dezenas de reféns capturados no ataque de 07 de outubro de 2023 em troca de quase 2.000 prisioneiros palestinianos.
Desde a entrada em vigor do cessar-fogo, no mês passado, as duas partes procederam a cinco trocas, libertando 21 reféns e mais de 730 prisioneiros.
Israel e o Hamas envolveram-se numa guerra em outubro de 2023, na sequência de um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano no sul do território israelita que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns. Em represália, Israel lançou uma ofensiva devastadora na Faixa de Gaza, matando mais de 48 mil pessoas.
Leia Também: Hamas adia libertação de reféns prevista para sábado e culpa Israel