Uma mulher do Wisconsin está a intentar uma ação judicial depois de saber que um tubo de alimentação foi alegadamente deixado dentro do seu corpo durante uma cirurgia que aconteceu há 35 anos.
Em 1989, Deborah Lowe estava grávida de gémeos e teve de ser submetida a uma cesariana de emergência no Mount Sinai Medical Center, em Milwaukee.
Durante o parto, a mulher sofreu “complicações graves”, que resultaram na morte dos gémeos e a obrigaram a submeter-se a uma cirurgia para a remoção do útero aos 25 anos de idade.
Lowe teve de ser ligada a uma máquina de suporte de vida durante dois meses, altura em que lhe colocaram um tubo de alimentação.
Depois de ter alta, e durante os 30 anos que se seguiram, Deborah sofreu de "fortes e persistentes dores abdominais". A mulher, hoje com 60 anos, consultou vários médicos, fez vários procedimentos, mas a causa da sua dor nunca foi diagnosticada.
Foi durante um procedimento ao cólon em abril de 2024 que o seu cirurgião descobriu que o tubo de alimentação da sua cirurgia de 1989 ainda estava dentro dela, "embutido na sua cavidade abdominal". A notícia deixou-a "em choque".
A mulher está agora a processar o Mount Sinai Medical Center por negligência médica, violação de deveres fiduciários e angústia emocional.
Os documentos do tribunal alegam que "a ferramenta de alimentação cirúrgica retida foi a causa provável das suas dores abdominais e problemas gastrointestinais que duraram décadas. A presença deste objeto estranho também contribuiu para extensas aderências intra-abdominais, que exigiram intervenção cirúrgica", pode ler-se num documento, citado pela revista People.
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