"Estamos prontos para intervir militarmente a qualquer momento no caso de uma escalada contra Gaza", declarou o líder rebelde Abdel Malek al-Huthi num discurso transmitido pelo canal de televisão Al-Massirah, que pertence ao grupo xiita iemenita e pró-iraniano.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliado de Israel, prometeu na segunda-feira que "o verdadeiro inferno" se instalaria em Gaza se o Hamas não libertasse até sábado os reféns israelitas ainda detidos no local, depois de o movimento islamita palestiniano ter ameaçado suspender a respetiva libertação.
Alegando agir em solidariedade com os palestinianos, os Hutis dispararam numerosos mísseis e 'drones' contra Israel desde o ataque sem precedentes do Hamas palestiniano a Israel, a 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.
Um dos ataques dos Hutis matou um israelita e Israel retaliou com ataques a instalações portuárias e alvos militares dos rebeldes iemenitas.
Na sequência das tréguas que entraram em vigor em Gaza a 19 de janeiro, os rebeldes cessaram os ataques, bem como idênticas ações contra navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, acusados de "negociar com Israel".
A 22 de janeiro, libertaram 25 tripulantes do navio 'Galaxy Leader', capturado há mais de um ano. A decisão de os libertar foi tomada "em apoio ao acordo de cessar-fogo" em Gaza, segundo reportou então a agência de notícias Saba, ligada aos Hutis.
O navio 'Galaxy Leader', pertencente a uma empresa britânica, propriedade de um empresário israelita, estava fretado por uma empresa japonesa quando foi capturado em novembro de 2023 no Mar Vermelho pelos rebeldes Hutis do Iémen.
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