Wall Street fecha em alta tranquila entre taxas alfandegárias e inflação

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, a navegar serenamente entre as notícias sobre as taxas alfandegárias e a inflação, puxadas pelas megacapitalizações do setor tecnológico.

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Lusa
13/02/2025 23:15 ‧ há 5 dias por Lusa

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Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,77%, o alargado S&P500 avançou 1,04% e o tecnológico Nasdaq progrediu 1,50%.

 

"O mercado está muito resiliente", resumiu Adam Sarhan, analista da 50 Park Investments, à AFP.

Nos indicadores, a praça bolsista ficou satisfeita com o índice de preços na produção (IPP), que mede o comportamento dos preços nos produtores.

Em termos mensais, em janeiro, o índice subiu 0,4%, abaixo dos 0,5% de dezembro, valor este resultado de uma revisão em alta, mas acima do esperado pelos analistas.

Mas, em contrapartida, a inflação subjacente, que exclui índices voláteis, como alimentação e energia, saiu em linha com as expectativas, mostrando sinais de desaceleração, ao estabelecer-se em 0,3% em janeiro, depois de 0,4% no mês anterior.

Na véspera, os investidores ficaram abalados pelo índice de preços no consumidor (IPC), que mostrou uma aceleração para os três por cento em janeiro, quando os economistas aguardavam 2,8%.

"O IPC de ontem foi mais elevado do que previsto, mas o IPP de hoje não confirmou" esta tendência, apontou Sarhan.

"De momento, o banco central [Reserva Federal (Fed)] não sente necessidade de subir a taxa de juro para lutar contra a inflação. É a razão pela qual os investidores suspiraram d alívio", estimou.

Por outro lado, "os pedidos semanais subsídio de desemprego (...) continuam relativamente fracos", observou, em nota analítica, Patrick O'Hare, da Briefing.com.

O número de novos desempregados saiu inferior às previsões (213 mil contra 215 mil).

Os investidores também pouco ligaram aos anúncios de Donald Trump, que garantiu hoje que ia impor "direitos alfandegários recíprocos" aos aliados de aos rivais dos EUA, mas sem avançar prazos.

Trump ordenou à sua equipa que fizesse uma revisão completa das disparidades comerciais entre os EUA e o resto do mundo, para criar taxas alfandegárias "personalizadas", país por país, segundo os detalhes avançados por um dirigente da Casa Branca à imprensa.

"A nossa revisão deve estar acabada até 01 de abril", o que permite que as medidas de reciprocidade possam ser tomadas a partir de 02 de abril, indicou o futuro secretário do Comércio, Howard Lutnick.

"Os investidores sabem que se trata de uma tática de negociação", explicou Sarhan.

Leia Também: Wall Street fecha sem rumo entre inflação forte e conversa de Trump com Putin

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