Administração Trump dá a escolas duas semanas para fechar programas DEI

A administração Trump está a dar às escolas e universidades americanas duas semanas para eliminarem iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), sendo que se não o fizerem correm o risco de perder dinheiro federal.

Notícia

© ROBERTO SCHMIDT/AFP via Getty Images

Lusa
18/02/2025 23:55 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

EUA

Num memorando na sexta-feira, o Departamento de Educação deu um ultimato para parar de usar "preferências raciais" como fator de admissão, ajuda financeira, contratação ou noutras áreas.

 

Educadores de faculdades em todo o país começaram a avaliar o risco e a decidir se defenderiam práticas que acreditam serem legais, sendo que esta situação ameaça dificultar vários aspectos das operações do campus.

O objetivo da administração é corrigir o que o memorando descreve como discriminação na educação, muitas vezes contra estudantes brancos e asiáticos.

"As escolas têm funcionado sob o pretexto de que selecionar alunos pela 'diversidade' ou eufemismos semelhantes não é selecioná-los com base na raça", disse Craig Trainor, secretário adjunto interino para os direitos civis. "Os alunos devem ser avaliados de acordo com mérito, realização e caráter", defendeu.

Esta orientação provocou fortes reações de grupos de direitos civis e grupos universitários, sendo que alguns acreditam que a linguagem vaga pretende ter um efeito inibidor, pressionando as escolas a eliminar qualquer coisa que toque no tema racial, mesmo que possa ser defensável em tribunal.

"Criar uma sensação de risco em torno da realização de trabalhos que possam promover campi diversificados e acolhedores é muito mais do que uma declaração clara da lei existente", disse Jonathan Fansmith, vice-presidente sénior de relações governamentais do Conselho Americano de Educação, uma associação de presidentes de faculdades.

O memorando é uma extensão da ordem executiva do presidente Donald Trump que proíbe programas de diversidade, equidade e inclusão. Reflete essencialmente uma mudança na interpretação do governo federal das leis antidiscriminação.

Como justificação legal, cita a decisão do Supremo Tribunal de 2023 que proíbe a raça como fator de admissão em faculdades. Embora a decisão se aplique apenas às admissões, o memorando diz que "se aplica de forma mais ampla".

O termo "DEI" ou "DEIA", que no vocabulário dos recursos humanos se refere aos esforços para recrutar pessoas de minorias raciais ou sexuais, tornou-se um dos espantalhos da direita dura norte-americana.

Durante a campanha, os apoiantes de Trump atacaram a candidata democrata Kamala Harris, afirmando que a ex-vice-presidente era uma "recruta DEI", o que implicava que tinha sido escolhida apenas pela sua identidade e não pelas suas qualidades.

Leia Também: Forças de paz europeias na Ucrânia? "Se quiserem, acho que seria ótimo"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas