"Pela primeira vez desde 1945, a guerra pode acontecer em solo europeu"

Alerta é do primeiro-ministro de França.

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© Nathan Laine/Bloomberg via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
18/02/2025 11:42 ‧ ontem por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

França

O primeiro-ministro francês alertou, esta terça-feira, que, "pela primeira vez" desde 1945, "a guerra pode acontecer em solo europeu", disseram representantes de vários grupos políticos após um pequeno-almoço com François Bayrou.

 

Em declarações à BFMTV, indicaram que Bayrou adiantou que o encontro com líderes europeus em Paris, na segunda-feira, para preparar a estratégia sobre a Ucrânia, "não dissipou" os receios existentes. 

"Pela primeira vez desde 1945, a guerra pode acontecer em solo europeu, à nossa volta", afirmou o responsável francês, segundo indicaram. 

"Estamos num contexto dos anos 30 [do século XX], com icebergues a vir na nossa direção e a reunião de Paris no Palácio do Eliseu não os conseguiu afastar", disse também. 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou os seus aliados europeus em alerta na semana passada ao falar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, indicando que a Europa e também a Ucrânia seriam apenas espetadores nas negociações para acabar com a guerra de três anos na Ucrânia, que teve início com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022.

"É terrível ver a fraqueza da União Europeia nesta matéria", acrescentou Bayrou.

 "Estamos a assistir a uma aliança impensável entre Putin e Trump, que está a marginalizar a Europa no seu próprio território", lamentou. 

O presidente francês, Emmanuel Macron, organizou ontem em Paris um encontro entre os principais líderes da União Europeia, NATO e Reino Unido para desenhar a estratégia europeia face às conversações promovidas pelos Estados Unidos para acabar com a guerra na Ucrânia, iniciada há três anos com a invasão russa daquele país.

Antes da reunião, uma porta-voz do Eliseu avançou que Macron falou com o homólogo norte-americano por telefone durante cerca de 20 minutos sobre o fim da guerra na Ucrânia e que concordaram que voltariam a falar em breve.

O plano dos Estados Unidos prevê que a Ucrânia desista de aderir à NATO e aceite a anexação de parte dos territórios ocupados à Rússia.

Kyiv tem contado com ajuda financeira em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Segundo um porta-voz do Kremlin (presidência russa), a Rússia reconhece o direito da Ucrânia de aderir à União Europeia (UE), mas não à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa), defendendo numa conferência de imprensa que "se trata de questões de segurança e alianças militares".

[Notícia atualizada às 13h40]

Leia Também: Kremlin: Reunião em Riade pode esclarecer encontro entre Trump e Putin

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