"Mortos, feridos, feitos reféns, detidos, desaparecidos - desde 24 de fevereiro de 2022-, a RSF registou quase 150 jornalistas que foram vítimas de abuso russo enquanto faziam o seu trabalho", refere a responsável regional dos RSF para a Ucrânia, Paulina Maufrais.
Desde do início do conflito na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, milhares de jornalistas cobriram a invasão da Ucrânia pela Rússia, apesar do ambiente altamente perigoso, refere a organização.
Em 2024, dois profissionais de media morreram enquanto cobriam o conflito, elevando o número total de repórteres mortos deste 2022 para 13, 12 dos quais morreram em solo ucraniano.
Os RSF registaram pelo menos 47 jornalistas ucranianos e estrangeiros feridos enquanto faziam reportagem devido a ataques das forças armadas russas.
Atualmente, 18 jornalistas estão detidos pela Rússia, depois de serem presos em território ucraniano ocupado.
A editora-chefe do jornal local Kakhovska, Zhanna Kyselova, está desaparecida desde que foi presa em 27 de junho de 2024, na região de Kherson.
Para além disso, segundo a informação avançada pela ONG, 329 meios de comunicação ucranianos cessaram funções desde o começo da guerra.
A Ucrânia e a Rússia estão na 61ª e 162ª posição, respetivamente, entre os 180 países que constituem o Índice Mundial de Liberdade de Imprensa da RSF de 2024.
Leia Também: Martins da Cruz lamenta Europa que fala "aos solavancos" sobre Ucrânia