"Só haverá paz se a segurança da Ucrânia estiver garantida"

O chanceler alemão, Olaf Scholz, alertou hoje na Conferência de Segurança de Munique que só haverá paz na Ucrânia se a soberania do país for garantida e advertiu que "uma paz imposta" seria inaceitável.

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© Christoph Reichwein - Pool/Getty Images

Lusa
15/02/2025 10:10 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"As fronteiras não podem ser alteradas pela força. Este princípio deve aplicar-se a todos. Uma vitória russa ou o colapso da Ucrânia não traria paz, mas seria uma ameaça à paz e à estabilidade na Europa e não só", salientou.

 

Para o chanceler, "só haverá paz se a segurança da Ucrânia estiver garantida" e avisou: "Uma paz imposta nunca terá o nosso apoio".

Olaf Scholz advertiu ainda que uma solução que separe os interesses de segurança dos Estado Unidos dos interesses de segurança da Europa também não será aceitável.

"Só uma pessoa beneficiaria com isso: o Presidente (Vladimir) Putin", vincou.

Segundo o chanceler alemão, os europeus terão de manter a sua ajuda à Ucrânia "enquanto for necessário", o que significa que esta terá de continuar mesmo depois da guerra.

"No final de qualquer acordo negociado, a Ucrânia deve dispor de forças armadas capazes de fazer face a qualquer novo ataque russo. Isso implica um enorme desafio do ponto de vista financeiro, material e logístico. A Ucrânia não pode fazer face a esta tarefa sozinha", afirmou.

É por isso que a assistência europeia e americana continuará a ser necessária. Neste contexto, Scholz recordou que os EUA e a Alemanha são os países que mais ajudaram a Ucrânia em termos absolutos.

A Alemanha, segundo Scholz, está disposta e em condições de continuar a ajudar a Ucrânia ao mesmo nível que tem feito até agora, e já declarou que terá de contrair dívidas além dos limites impostos pelo chamado "travão da dívida" da Constituição alemã.

"O travão da dívida, consagrado na Constituição alemã, prevê exceções em casos de emergência. Uma guerra na Europa é uma emergência", afirmou.

Scholz disse ainda que as despesas com a defesa na Alemanha terão de continuar a crescer permanentemente, o que exigirá uma reforma do travão da dívida.

A regra estipula que, em tempos normais, a nova dívida não pode exceder 0,35% do produto interno bruto (PIB).

Leia Também: Ucrânia tem "poucas hipóteses" de sobreviver sem apoio dos EUA

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