O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "está mais forte do que nunca" e garantiu que a União Europeia (UE) vai "continuar a apoiar a Ucrânia" na guerra frente à Rússia.
"Não vamos desistir. Vamos continuar a apoiar a UE como parte integral do nosso projeto de paz. Apenas a Ucrânia pode definir quando há condições para uma negociação. Assumir concessões antes de qualquer negociação é um grande erro", alertou Costa numa intervenção na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.
O português considerou que a paz na Ucrânia e a paz na Europa "não podem estar separadas".
"A ameaça russa vai além da Ucrânia. Dominam a Bielorrússia, têm presença militar na Moldova e Geórgia. Ameaçam os nossos sistemas democráticos. Isso significa que a paz global não pode dar à Rússia a oportunidade de voltar a atacar, não pode refortalecer o agressor. Deve garantir que a Rússia não volta a ser uma ameaça para a Ucrânia e Europa", defendeu o presidente do Conselho Europeu.
No final da intervenção, Costa garantiu que a Comissão Europeia vai apresentar, no próximo mês, um conjunto de propostas para fortalecer a Defesa dos vários países europeus, bem como as parcerias da UE com o Reino Unido e a NATO.
"Os países da UE que estão na NATO gastam agora em media 2% em Defesa. Juntos alcançámos esta meta, mas vamos fazer mais. A UE é um projeto de paz, mas sabemos que a paz sem defesa é uma ilusão. É esta a direção e o nosso compromisso. A UE é um parceiro previsível e confiável. Um ator forte em termos económicos e estamos firmemente comprometidos na construção numa Europa de defesa", acrescentou.
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