Rutte fez estes comentários durante um painel de discussão na Conferência de Segurança de Munique, na qual reconheceu que o que vê agora entre os aliados europeus é que estão a "entrar na fase de planeamento concreto" de como poderiam contribuir.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou por telefone na quarta-feira com os homólogos russos, Vladimir Putin, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, num primeiro passo para pôr fim à guerra na Ucrânia.
No entanto, os aliados europeus alertaram que querem estar presentes em futuras conversações de paz.
Rutte disse que havia "um entendimento e um compromisso claro e comum dentro da NATO de que temos de garantir que a Ucrânia está na melhor posição possível durante as conversações de paz".
"Isto significa continuar o treino na Ucrânia, continuar com todos os fornecimentos de armas, mas também que o resultado das conversações de paz tem de ser que a Ucrânia nunca mais será desafiada pelos russos", disse.
"Deve ser uma paz duradoura. Americanos e europeus estão em total acordo sobre isto", continuou.
E admitiu que, se os ucranianos resolvessem a situação apenas após o acordo de paz, não seria "suficientemente forte".
Alertou ainda que, se o resultado das negociações para pôr fim ao conflito for "um acordo fraco para o Ocidente, dado o facto de a Coreia do Norte, a China e o Irão estarem todos envolvidos nisto, isso terá um grande impacto", enfatizando que se o Ocidente não se sair "bem" com a Ucrânia, o Presidente chinês, Xi Jinping, "pode tentar algo no Indo-Pacífico".
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