O presidente do parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, disse que "658 milhões de dólares foram dados diretamente pela USAID [aos políticos venezuelanos] Juan Guaidó, Leopoldo López e Maria Corina Machado para ajuda humanitária, antes da covid e depois da covid".
Segundo Jorge Rodríguez, "nem um centavo foi utilizado, nem uma única máscara foi comprada, nem um único prato de comida foi fornecido com esse dinheiro".
Jorge Rodríguez falava numa entrevista divulgada pelo canal 'multi-estatal' de televisão Telesur, durante a qual sublinhou que. "em absoluto. os 100%" desses recursos "foram dedicados para matar, conspirar, promover a violência" na Venezuela, e acusou a oposição de "ter roubado esse dinheiro".
O presidente do parlamento denunciou que o valor total do financiamento da USAID à oposição venezuelana ascende a 1.600 milhões de dólares (cerca de 1.524 milhões de euros), ao longo de vários anos e para distintos "planos".
Rodriguez disse ainda que 128 milhões de dólares foram utilizados em programas autorizados por Juan Guaidó, que incluíam a compra de 200 táxis e três clubes noturnos em Madrid, Espanha e dinheiro depositado em Portugal.
Alguns dos recursos entregados pela USAID à oposição venezuelana teriam sido usados, segundo Jorge Rodríguez, "para recrutar criminosos na América Central e no Peru" e treinar mercenários.
Rodríguez explicou que o Ministério Público solicitou alertas vermelhos da Interpol contra os opositores Leopoldo López, Maria Corina Machado, Juan Guaidó e Carlos Vecchio, por "roubo agravado e financiamento de grupos paramilitares".
Segundo a imprensa venezuelana, durante uma entrevista ao programa "A Pulso", do canal estatal VTV, Jorge Rodríguez acusou a USAID de ter financiado um "ataque cibernético" contra o Conselho Nacional Eleitoral, durante as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, cujos resultados a oposição contesta.
Rodríguez acusou a opositora Maria Corina Machado de estar por trás de um plano para "entregar a Venezuela aos EUA".
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