"Os últimos desenvolvimentos políticos demonstraram claramente que a União Europeia e os seus Estados-membros, infelizmente, já não podem confiar no Governo dos Estados Unidos da América [EUA] para defender os nossos interesses e valores comuns", dá conta um comunicado dos elementos da Comissão de Negócios Estrangeiros e de várias delegações de europarlamentares.
Os eurodeputados insistiram, à luz dos "últimos desenvolvimentos", incluindo as discussões preliminares de terça-feira, na Arábia Saudita, entre representantes dos EUA e da Federação Russa, que "não há paz que possa ser negociada sem a participação total da liderança democraticamente eleita da Ucrânia".
"Qualquer acordo que exclua a Ucrânia ou que diminua as suas aspirações legítimas não será justo ou viável", acrescentaram.
Os eurodeputados sustentaram que a "arquitetura de segurança da Europa não pode ser discutida sem o envolvimento ativo da União Europeia e dos seus Estados-membros".
Recordando que o apoio macrofinanceiro prestado pelos países da União Europeia à Ucrânia excede as contribuições de "qualquer outro país", os europarlamentares posicionaram o bloco comunitário como os mais empenhados na "defesa e resiliência da Ucrânia, e, consequentemente, a segurança" do continente europeu.
A União Europeia tem de "enfrentar esta nova realidade", por isso os europarlamentares exortaram os Estados-membros a avançarem na sua defesa coletiva, contrariando a dependência de Washington nas últimas décadas.
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