A 'luz verde' aconteceu na reunião desta manhã dos representantes permanentes dos países junto da UE, em Bruxelas, prevendo-se que este novo conjunto de medidas restritivas seja adotado na próxima segunda-feira pelos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros, na sua reunião regular também na capital belga.
Uma das fontes diplomáticas ouvidas pela Lusa destacou esta adoção aquando do terceiro aniversário do conflito, que se assinala no dia 24 deste mês, vincando que "o sinal do lado da UE é claro".
"A linha continua a ser a mesma: continuamos a apoiar a Ucrânia e a sancionar o agressor russo, porque é a coisa certa a fazer, preservando as regras e a ordem internacionais, defendendo a soberania e a integridade territorial", adiantou a mesma fonte.
Depois de o último pacote de sanções ter abrangido 52 navios da frota fantasma, com os quais o regime russo tentava contornar as restrições ocidentais ao comércio de petróleo, este novo pacote deve reforçar o combate à evasão ao embargo aplicado à Rússia, atingindo novas embarcações, bem como avançar com novas restrições noutros setores.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a UE tem avançado com pesadas sanções contra a Rússia, nomeadamente económicas ou diplomáticas, visando 2.400 pessoas e entidades, entre os quais o Presidente russo, Vladimir Putin e o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Sergey Lavrov.
Avançou-se também para o congelamento de bens, num total de 24,9 mil milhões de euros de bens privados congelados no espaço comunitário e de 210 mil milhões de euros de bens do Banco Central da Rússia bloqueados.
Ao nível comercial, as medidas restritivas europeias visam 48 mil milhões de euros em exportações proibidas para a Rússia e 91,2 mil milhões de euros em importações proibidas provenientes da Rússia.
A Ucrânia tem também contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O conflito de quase três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.
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