As Forças de Defesa Israel (IDF) afirmaram, esta quinta-feira, que o grupo islamita Hamas não entregou o corpo da refém israelita Shiri Bibas, mas sim um "corpo anónimo sem identificação".
Em comunicado, as IDF confirmaram ter recebido os corpos de Ariel e Kfir, de quatro e nove meses, respetivamente, mas não o da mãe.
"Após a conclusão do processo de identificação pelo Instituto Nacional de Medicina Legal, em colaboração com a Polícia de Israel, os representantes das IDF informaram a família Bibas de que os seus entes queridos, Ariel e Kfir Bibas, tinham sido identificados", lê-se na nota.
De acordo com as IDF, "durante o processo de identificação, verificou-se que o corpo adicional recebido não era o de Shiri Bibas, e não foi encontrada nenhuma correspondência com qualquer outro raptado".
"Trata-se de um corpo anónimo sem identificação", acrescentam as IDF, considerando estar em causa "uma violação muito grave por parte da organização terrorista Hamas, que é obrigada pelo acordo a devolver os quatro raptados mortos".
𝟗-𝐦𝐨𝐧𝐭𝐡-𝐨𝐥𝐝 𝐊𝐟𝐢𝐫 𝐁𝐢𝐛𝐚𝐬 𝐚𝐧𝐝 𝐡𝐢𝐬 𝟒-𝐲𝐞𝐚𝐫-𝐨𝐥𝐝 𝐛𝐫𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐀𝐫𝐢𝐞𝐥 𝐡𝐚𝐯𝐞 𝐛𝐞𝐞𝐧 𝐢𝐝𝐞𝐧𝐭𝐢𝐟𝐢𝐞𝐝 𝐚𝐬 𝟐 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐞𝐜𝐞𝐚𝐬𝐞𝐝 𝐡𝐨𝐬𝐭𝐚𝐠𝐞𝐬 𝐫𝐞𝐭𝐮𝐫𝐧𝐞𝐝:
— Israel Defense Forces (@IDF) February 20, 2025
Following the completion of the identification process by the…
Segundo o exército israelita, os filhos de Shiri Bibas foram "brutalmente assassinados por terroristas em cativeiro em novembro de 2023", um mês após terem sido raptados da sua casa em Nir Oz, no ataque de 7 de outubro.
"O pai de Ariel e Kfir saiu para os proteger e foi raptado antes do rapto de Shiri e das crianças. Yarden regressou como parte do acordo para o regresso dos reféns em 1 de fevereiro de 2025", recordam as IDF.
Esta manhã, o grupo islamita Hamas entregou à Cruz Vermelha os corpos que, alegadamente, correspondem a três membros da família de origem argentina e peruana Bibas, bem como Oded Lifshitz.
Todos foram capturados no Kibutz Nir Oz durante o ataque das milícias palestinianas de 7 de outubro de 2023, no qual quase 1.200 pessoas foram mortas e 251 outras foram raptadas em território israelita.
Leia Também: ONU critica exibição de caixões e CV defende entrega de reféns em privado