"É imperativo que a comunidade internacional aumente a pressão sobre as autoridades líbias para acabar com a repressão e garantir que os jornalistas tenham o direito de exercer livremente a sua profissão", refere o escritório dos RFS no norte de África.
Para a ONG, o conflito reflete um ambiente sufocante para a liberdade de imprensa, pelo que a "impunidade não deve continuar a ser a regra".
Um dos casos realçados pela organização remonta a 07 de janeiro, em Trípoli (capital da Líbia), quando as instalações da Radio Lam foram incendiadas e a emissão interrompida depois de todo o material ter sido roubado.
A estação de rádio ainda não retomou a sua programação e aguarda as conclusões da investigação das autoridades.
Também em 13 de janeiro, a sede do semanário Al-Waqt, ligado à Autoridade Geral de Imprensa em Trípoli, foi invadida por homens armados não identificados.
Sob ameaça, os funcionários foram forçados a deixar as instalações apreendidas e, uma semana depois, a atividade do semanário foi retomada em novas instalações.
Os RSF salientam que, além da impunidade dos ataques às redações, as autoridades estão a contribuir para o clima repressivo ao aumentar as prisões arbitrárias de jornalistas.
Em 2024, pelo menos cinco jornalistas foram presos, incluindo Saleh Al-Zerouali, ainda detido.
A Líbia ocupa a 143.ª posição entre os 180 países que constituem o 'ranking' mundial de liberdade de imprensa de 2024 dos RSF.
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