"Estimamos que 280.000 refugiados sírios e mais de 800.000 pessoas deslocadas internamente regressaram a casa", escreveu o chefe do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, nas redes sociais.
Grandi insistiu que os primeiros esforços para ajudar a Síria a recuperar "têm de ser mais corajosos e mais rápidos".
Caso contrário, "as pessoas voltarão a partir: é agora urgente!", justificou, citado pela agência francesa AFP.
No final de janeiro, Grandi já tinha apelado à comunidade internacional para que apoiasse a reconstrução da Síria para facilitar o regresso de milhões de refugiados e pessoas deslocadas.
"Levantar as sanções e encorajar a reconstrução. Temos de o fazer agora, no início da transição, estamos a perder tempo", afirmou na altura em Ancara, ao regressar da Síria e do Líbano.
Uma coligação rebelde liderada pelo grupo radical islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS) tomou o poder em Damasco após o derrube de Assad, um aliado da Rússia e do Irão.
Em 13 de fevereiro, cerca de 20 países árabes e ocidentais comprometeram-se em Paris a ajudar a reconstruir a Síria e a proteger a frágil transição face aos desafios de segurança e à interferência estrangeira.
O país foi devastado por uma guerra de 14 anos que causou a morte de mais de 500.000 pessoas e deixou mais de 10 milhões de refugiados e deslocados sírios.
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