Starmer em cimeira: "Momento único. Segurança da Ucrânia é vital a todos"

O chefe de Governo do Reino Unido, Keir Starmer, deu conta de que a segurança da Ucrânia e os bons resultados para o país são não só importantes para a nação em causa, como também para a segurança da Europa.

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© Neil Hall/EPA/Bloomberg via Getty Images

Lusa
02/03/2025 15:55 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

A cimeira de aliados da Ucrânia já começou e promete marcar não só este domingo como uma geração. Em Londres, no Reino Unido, vários líderes europeus estão reunidos com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para promover ações em relação à Ucrânia e à sua segurança.

 

No início do encontro, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, começou por reforçar a Zelensky aquilo que a Europa se apressou a dizer após a altercação de sexta-feira o presidente ucraniano e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump: "Todos estamos consigo, com a Ucrânia, pelo tempo que for necessário."

Mas apesar de reforçar o apoio europeu, Starmer avisou que "este era um momento único para a segurança da Europa", acrescentando que "conseguir um bom resultado para a Ucrânia não é só uma questão do que é certo ou errado: é fundamental para todas as nações aqui [presentes] e outras tantas".

O chefe de Governo do Reino Unido disse ainda que também tinha falado com os países bálticos, que fazem parte "também desta discussão". Starmer planeia trabalhar num plano para a paz na Ucrânia, para depois "discuti-lo com os Estados Unidos" e poderem avançar.

Portugal não está representado nesta cimeira, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, já desvalorizou esta ausência, garantindo que Portugal "está ativo na diplomacia" e em contacto "direto com vários aliados, incluindo o Reino Unido".

Rangel: Portugal ausente da cimeira com Ucrânia

Rangel: Portugal ausente da cimeira com Ucrânia "mas ativo na diplomacia"

O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, apontou que Portugal está "em contacto direto com vários aliados" apesar da ausência do encontro que decorre este domingo no Reino Unido, numa altura em que existe uma "mudança geopolítica". Rangel referiu ainda a importância dos EUA para Portugal, com quem a relação é "também prioritária e fundamental".

Notícias ao Minuto | 15:29 - 02/03/2025

O Reino Unido é o anfitrião de uma cimeira internacional sobre defesa que decorre hoje em Londres com 18 líderes.

Além da França e Ucrânia, a Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha, Noruega, Canadá, Finlândia, Suécia, Dinamarca, República Checa, Polónia, Roménia e Turquia estão também representados.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, também vão estar presentes.

O objetivo da cimeira é apresentar novas garantias de segurança para a Europa face aos receios de que Washington a abandone e que se acentuaram depois do encontro na Sala Oval entre Trump e Zelensky.

A reunião antecede a cimeira extraordinária sobre a Ucrânia agendada para quinta-feira em Bruxelas.

Antes da abertura da cimeira, Starmer avançou que estava a trabalhar com a França num "plano para acabar com os combates" entre a Ucrânia e a Rússia.

"Concordamos que o Reino Unido, a França e talvez um ou dois outros países devem trabalhar com a Ucrânia num plano para acabar com os combates e depois discutiremos esse plano com os Estados Unidos", afirmou o primeiro-ministro britânico à BBC.

De acordo com Londres, que sábado assinou um acordo de empréstimo de 2,26 mil milhões de libras [cerca de 2,74 mil milhões de euros] para apoiar as capacidades de defesa da Ucrânia, a cimeira irá centrar-se no "apoio militar contínuo" a Kyiv e no "aumento da pressão económica sobre a Rússia".

Em cima da mesa poderá também estar a "necessidade de a Europa desempenhar o seu papel na defesa" e os "próximos passos no planeamento de garantias de segurança sólidas" no continente, face ao risco de retirada da proteção militar norte-americana.

Na sexta-feira, na Sala Oval da Casa Branca, Trump e o seu vice-presidente, JD Vance, acusaram o líder ucraniano de não estar grato pela ajuda norte-americana e de recusar conversações de paz.

O confronto levou o Presidente ucraniano a abandonar prematuramente a Casa Branca, sem assinar o acordo previsto sobre minerais.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.

Leia Também: PM britânico agradece contribuição da Estónia, Letónia e Lituânia

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