"A China opõe-se firmemente à decisão dos Estados Unidos de impor mais taxas sob o pretexto de alegadas ameaças à sua segurança", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, em conferência de imprensa.
"Tomaremos todas as medidas necessárias para proteger os nossos interesses legítimos", acrescentou.
O porta-voz acusou Washington de "politizar questões económicas e comerciais" e disse que "numa guerra comercial não há vencedores".
"As ações dos EUA minam a cooperação económica normal e prejudicam a sua própria economia e credibilidade internacional", disse Lin.
O Governo chinês não detalhou como vai retaliar, mas um jornal oficial afirmou que Pequim pode tomar contramedidas contra produtos agrícolas e alimentares dos EUA.
Pequim também avisou hoje que "tentar desacreditar e confrontar a China não trará qualquer benefício para as relações bilaterais" e instou os EUA a regressar ao "caminho correto do diálogo e da cooperação com base no respeito mútuo".
"Uma mentira, por mais vezes que seja repetida, nunca se tornará verdade", concluiu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
As tensões comerciais entre as duas potências voltaram a intensificar-se nos últimos dias, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado um novo aumento de 10% das taxas sobre produtos chineses, para além dos 10% já aplicados recentemente, citando os esforços insuficientes de Pequim para travar o tráfico de fentanil.
Pequim rejeitou estas acusações e defendeu, na semana passada, que mantém "uma das políticas de controlo de drogas mais rigorosas do mundo".
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