"A minha administração está a trabalhar na construção de um enorme gasoduto no Alasca, no qual o Japão, a Coreia [do Sul] e outras nações querem ser nossos parceiros", disse Trump ao Congresso, na terça-feira, assegurando que "as licenças" estão prontas e que estes países asiáticos pretendiam investir "biliões" de dólares.
"No que diz respeito ao gás natural liquefeito no Alasca, esta é uma questão que o governo e o setor privado têm de estudar, em termos de rentabilidade e do calendário para o início do fornecimento", contrapôs o ministro japonês da Indústria e Comércio, Yoji Muto, citado pela imprensa japonesa.
O custo do gasoduto com cerca de 1300 quilómetros de extensão, está atualmente estimado em 44 mil milhões de dólares (quase 41 mil milhões de euros). O projeto, liderado pelo grupo norte-americano Glenfarne e destinado a abastecer a Ásia a partir da costa sul do Alasca, não deverá estar operacional antes de 2030, no melhor dos cenários.
"Espero obter mais pormenores sobre este projeto" junto dos responsáveis norte-americanos, acrescentou o ministro japonês, que está a preparar uma visita a Washington.
"Estamos atualmente a coordenar a minha visita aos Estados Unidos", anunciou, sem confirmar as datas de 09 a 13 de março divulgadas pela imprensa japonesa.
O ministro deverá esforçar-se por obter isenções para o seu país de quaisquer novas taxas alfandegárias impostas por Trump.
Na quinta-feira, o líder republicano confirmou a aplicação de taxas de cerca de 25% sobre o aço e o alumínio a partir da próxima quarta-feira, sem exceções.
Trump prometeu igualmente a aplicação de taxas de 25% ou mais sobre as importações de automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos.
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, sublinhou na quarta-feira que a "contribuição do Japão para a economia dos Estados Unidos é significativa", através dos investimentos massivos efetuados pelas empresas japonesas.
"Por conseguinte, queremos fazer um apelo firme a Washington sobre a questão das taxas, com base nos sentimentos e na razão", acrescentou o governante nipónico.
A visita de Muto acontece depois de Donald Trump criticar o que considera ser uma relação desequilibrada entre Washington e Tóquio.
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