Liga aponta indícios de tráfico de órgãos na morte de criança na Guiné-Bissau

O homicídio de uma menina de três anos, no Norte da Guiné-Bissau, apresenta indícios de crime de tráfico de órgãos, denunciou hoje a Liga Guineense dos Direitos Humanos.

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© Xaume Olleros/Bloomberg via Getty Images

Lusa
08/03/2025 17:17 ‧ 08/03/2025 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

O corpo foi descoberto hoje, enterrado e esquartejado, na localidade de São Domingos, com a indicação inicial de que a vítima tinha seis anos.

 

Segundo disse à Lusa Gueri Gomes Lopes, porta-voz da Liga, o delegado desta organização no local deslocou-se ao terreno e a informação que recolheu é de que a menina tinha três anos.

Segundo a informação do delegado, o corpo estava enterrado e esquartejado, "sem um rim e sem coração".

"Para nós é preocupante e indica que a morte da criança tem a ver com tráfico de órgãos", afirmou à Lusa Gueri Gomes Lopes.

De acordo com o ativista "é difícil encontrar um caso como este" na Guiné-Bissau, onde "há casos de desaparecimentos de tempo a tempo", em que as vítimas não são encontradas.

A organização que se bate pelos Direitos Humanos não tem conhecimento de outra situação como a descoberta de um corpo mutilado, como aconteceu com esta criança de São Domingos.

A Liga pede justiça e que "seja encontrado o responsável por este ato bárbaro".

Pede ainda aos pais e às comunidades para estarem vigilantes e atentos, não só às crianças, mas também aos comportamentos dentro das próprias comunidades.

A Lusa falou com um jornalista de uma rádio de São Domingos, localidade que faz fronteira com o Senegal, que contou que "a criança foi dada como desaparecida pelos pais na sexta-feira e nas primeiras horas deste sábado o seu corpo foi encontrado, sem vida e esquartejado".

"As autoridades de São Domingos foram ao local e recuperaram o corpo que levaram para o hospital. Agora aguarda-se que a Polícia Judiciária chegue a São Domingos para prosseguir com as investigações", afirmou Gibril Mandjan .

De acordo com o jornalista, o pai da criança, que se dedica ao transporte de pessoas com recurso a uma motorizada, disse desconhecer as motivações do crime contra a filha.

Na Guiné-Bissau, a PJ apenas tem estrutura em Bissau, de onde partem agentes sempre que ocorrem situações que merecem investigações policiais para localidades do interior do país.

Leia Também: Presidente da Guiné-Bissau marca eleições gerais para 23 de novembro

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