"Após a validação da opção operacional escolhida pelos Chefes de Estado-Maior dos dois países, a força conjunta RCA-Chade será criada e colocada ao longo da fronteira comum para permitir a livre circulação de pessoas e bens", indicou o alto comando militar da RCA.
"Para o efeito, o Estado-Maior Conjunto apela a todas as forças nocivas nesta parte do território para que se rendam e contribuam para a pacificação", sublinha o comunicado lido na rádio nacional e citado pela agência espanhola de notícias, a Efe.
Dois meses após a assinatura do acordo de cooperação militar entre os ministros da Defesa do Chade e da RCA, o chefe do Estado-Maior centro-africano, Zephirin Mamadou anunciou assim o avanço para a fase operacional da força conjunta.
Os dois países partilham uma fronteira de 1.500 quilómetros, uma zona onde operam rebeldes de ambos os países.
O comunicado não especifica a dimensão da força conjunta nem as fontes de financiamento, mas os dois governos pediram a cooperação da comunidade internacional "em termos de troca de informações".
A RCA tem sofrido uma violência sistémica desde o final de 2012, quando uma coligação de grupos rebeldes de maioria muçulmana - a Séléka ("aliança" na língua Sango) - tomou Bangui e derrubou o Presidente François Bozizé após dez anos no poder (2003-2013), desencadeando uma guerra civil.
Dois terços do país - rico em diamantes, urânio e ouro - continuam a ser controlados pelas milícias e, segundo a ONU, cerca de 500 mil pessoas estão deslocadas no interior deste país africano.
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