Macron considera que, "perante a aceleração das negociações de paz (...) é agora necessário passar da teoria à prática, para definir garantias de segurança fiáveis, para que uma paz sólida e duradoura seja possível na Ucrânia", de acordo com uma fonte da presidência francesa.
No final de uma reunião em Paris, segundo a mesma fonte, os participantes concordaram que as garantias de segurança "não estão separadas da NATO e das suas capacidades", numa altura em que se verifica uma aproximação entre Washington e Moscovo.
A reunião inclui autoridades militares de 30 países da UE e/ou da NATO, incluindo o Reino Unido e a Turquia, de acordo com o Estado-Maior do Exército francês.
A reunião acontece no momento em que uma delegação ucraniana se encontra com uma equipa norte-americana na Arábia Saudita para discutir formas de pôr fim à guerra entre a Ucrânia e a Rússia, três anos depois de a Rússia ter invadido o seu vizinho.
Esta reunião em Paris é "importante", segundo o ministro francês das Forças Armadas, Sébastien Lecornu, porque "coloca a primeira pedra nestas garantias de segurança".
Entre os temas de discussão abordados à porta fechada, "trata-se de projetar e pensar sobre como deve ficar o Exército ucraniano no futuro", disse Lecornu, acrescentando que não é aceitável "qualquer forma de desmilitarização da Ucrânia".
Com os seus 800 mil homens, o Exército ucraniano é o maior da Europa, como tem recordado o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A ideia de enviar tropas europeias para a Ucrânia também foi recentemente levantada por várias vezes, em particular por Macron.
Paris e Londres têm estado intimamente envolvidas nas discussões sobre a implementação de uma opção deste tipo.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também realizará no sábado uma reunião virtual com os líderes dos países dispostos a ajudar a evitar o retomar das hostilidades na Ucrânia no caso de um cessar-fogo.
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