O Kremlin afirmou, esta quarta- feira, que o presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, "entendem-se bem e confiam um no outro".
Depois do telefonema entre os dois líderes, no dia de ontem, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que estes têm uma boa relação e estão determinados a restaurar passo a passo os laços entre os Estados Unidos e a Rússia.
"Posso dizer com um elevado grau de confiança que os presidentes Putin e Trump se entendem bem, confiam um no outro e tencionam trabalhar para a normalização das relações russo-americanas passo a passo", disse Peskov, segundo cita a Reuters.
"É claro que a Rússia e os Estados Unidos são países muito grandes e muita coisa foi estragada durante as anteriores administrações americanas", criticou, admitindo que "será necessário tempo e esforço, apoiados pela vontade dos dois presidentes, para restabelecer estas relações".
"Mas, para já, esta forte vontade dos dois presidentes é provavelmente a melhor garantia de que todos seguirão este caminho", completou.
Recorde-se que Trump acordou com Putin uma trégua de 30 dias limitada às infraestruturas energéticas.
Após uma conversa telefónica, Donald Trump e Vladimir Putin também acordaram iniciar as negociações de paz de imediato, indicou um comunicado da presidência norte-americana. As futuras negociações vão ter lugar no Médio Oriente.
Moscovo concordou também com a troca de 350 prisioneiros de guerra - 175 de cada lado - com a Ucrânia, na quarta-feira e, como gesto de boa vontade, Putin informou que Moscovo ia entregar 23 prisioneiros gravemente feridos a Kyiv.
A Rússia estabeleceu condições para o fim das hostilidades, incluindo o fim do rearmamento de Kyiv, e a interrupção da ajuda militar ocidental às forças ucranianas.
Além da suspensão dos ataques às infraestruturas, a Casa Branca assinalou também "negociações técnicas sobre o estabelecimento de um cessar-fogo marítimo no mar Negro, um cessar-fogo abrangente e uma paz duradoura" na Ucrânia.
Desde que regressou ao poder, em 20 de janeiro, Donald Trump iniciou uma reaproximação à Rússia, após o congelamento de relações entre os dois países durante o mandato de Biden, devido à invasão da Ucrânia.
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