A maioria das vítimas mortais do incêndio, que deflagrou durante um concerto de 'hip-hop' em Kocani, uma cidade no leste deste país dos Balcãs, era jovem.
Cerca de 200 pessoas ficaram feridas naquele que foi um dos incêndios mais mortíferos em discotecas na Europa.
As autoridades indicaram que o incêndio ocorreu na Pulse, uma discoteca que funcionava com uma licença irregular e com más condições de segurança: sem extintores, apenas uma porta de saída em vez de duas e sem autorização para a utilização dos dispositivos pirotécnicos que iluminavam o palco na noite do acidente.
Um total de 34 pessoas e três empresas são suspeitas de atos criminosos relacionados com esta tragédia, avançou o procurador público, Ljupco Kocevski, em conferência de imprensa.
Entre os suspeitos contam-se sete polícias, um antigo ministro da Economia e vários funcionários deste Ministério, três antigos presidentes de câmara de Kocani, antigos chefes da Inspeção Nacional do Mercado, o diretor e funcionários da agência privada responsável pela segurança do clube, o proprietário do estabelecimento e os membros da banda que atuava no momento da tragédia.
Kocevski afirmou ainda que o incêndio foi o resultado várias infrações e atos ilegais cometidos ao longo de 15 anos, quando o projeto da discoteca foi concebido.
Entre as infrações, incluem-se a violação das leis de prevenção de incêndios e a falta de extintores e saídas de emergência.
Apesar de terem sido vendidos cerca de 250 bilhetes, estavam perto de 650 pessoas na discoteca quando o incêndio deflagrou, acrescentou o procurador.
Kocevski sublinhou que estes são apenas os primeiros passos de uma "investigação exaustiva".
De acordo com o Ministério Público da Macedónia do Norte, 16 suspeitos foram detidos até à data e aguardam agora julgamento.
Mais de dois terços das pessoas que morreram na discoteca tinham idades compreendidas entre os 16 e os 29 anos, disse Aleksandar Stankov, do Instituto de Medicina Legal.
As autópsias mostraram que a causa de todas as mortes foi asfixia, disse Stankov.
Na quinta-feira, os familiares das vítimas começaram a realizar os funerais dos mortos no incêndio em Kocani, uma cidade com cerca de 30 mil habitantes. Com rosas vermelhas e brancas nas mãos e 't-shirts' com retratos das vítimas, centenas de pessoas despediram-se de amigos e familiares.
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