Numa declaração assinada por Marco Rubio, secretário de Estado norte-americano, Kirchner e Julio Miguel De Vido, ex-ministro argentino do Planeamento, são ambos designados pelo seu "envolvimento em expressiva corrupção durante o tempo em que ocuparam cargos públicos".
"Kirchner e De Vido abusaram das suas posições orquestrando e beneficiando financeiramente de vários esquemas de suborno envolvendo contratos de obras públicas, resultando em milhões de dólares roubados do governo argentino", adianta a nota do Departamento de Estado.
"Vários tribunais condenaram Kirchner e De Vido por corrupção, minando a confiança do povo argentino e de investidores no futuro da Argentina", adianta.
Com a designação os dois visados e seus familiares imediatos ficam impedidos de entrarem nos Estados Unidos.
"Estas designações reafirmam o nosso compromisso de combater a corrupção global, inclusive nos mais altos níveis do governo. Os Estados Unidos continuarão a promover a responsabilização daqueles que abusam do poder público visando ganho pessoal", refere a nota.
A ex-Presidente argentina foi condenada em dezembro de 2022 a seis anos de prisão e à inibição de exercer cargos públicos para o resto da vida.
A sentença foi confirmada por um tribunal de recurso de Buenos Aires em novembro do ano passado.
Juntamente com os filhos, Florencia e Máximo Kirchner, a família Kirchner está acusada de branqueamento de capitais e associação ilícita no âmbito do caso Hotesur-Los Sauces, que associou vários empresários próximos num esquema de falsa contratação de quartos nos hotéis geridos pela família, na província de Santa Cruz (Patagónia argentina).
Os factos investigados ocorreram entre 2003 e 2015, coincidem com os anos das presidências de Néstor Kirchner e Cristina Fernández.
Entre os defensores de sanções norte-americanas a Kirchner destacou-se nos últimos anos Ted Cruz, senador republicano do Texas, que chegou a criticar a anterior administração, de Joe Biden, por inação.
O senador conservador, apoiante do atual Presidente Donald Trump, promoveu mesmo um projeto de lei para travar a corrupção na Argentina através da aplicação de sanções.
[Notícia atualizada às 22h45]
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