Mahmoud Bassal, porta-voz do serviço de emergência das autoridades locais controladas pelo grupo islamita Hamas, registou três mortes em ataques noturnos e oito depois de amanhecer.
As vítimas incluem três menores, num bairro da Cidade de Gaza, e outros dois em Abassan, no sul do território, disse o porta-voz à agência de notícias France-Presse (AFP).
O Exército israelita avançou, por seu lado, ter atacado um hospital abandonado, alegadamente usado como base pelos combatentes do Hamas, depois de ter sido acusado por Ancara de destruir um hospital construído pela Turquia na Faixa de Gaza.
"[As forças israelitas] atacaram terroristas numa instalação terrorista do Hamas que anteriormente servia como hospital na Faixa de Gaza central", disse um porta-voz do exército à AFP em resposta a uma pergunta sobre as acusações turcas.
As forças israelitas reivindicaram a eliminação do chefe dos serviços de informações do Hamas no sul da Faixa de Gaza, Osama Tabash, num ataque realizado na véspera no enclave em pleno reatamento da ofensiva militar contra o grupo islamita.
Desde o recomeço dos bombardeamentos israelitas, na madrugada de terça-feira, morreram mais de 500 pessoas, segundo as autoridades locais.
Estes ataques interromperam uma trégua iniciada em 19 de janeiro, ao fim de mais de 15 meses de ofensiva, e ocorrem num momento em que as partes não alcançam entendimento para avançar para as etapas seguintes do acordo de cessar-fogo.
Na primeira fase, 33 reféns israelitas (oito dos quais mortos) foram entregues pelo Hamas em troca de quase 1.800 prisioneiros palestinianos que estavam nas cadeias de Israel.
Permanecem ainda 59 reféns em posse do grupo palestiniano, dos quais Israel estima que 35 estejam mortos.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, ordenou ao exército a tomada de mais territórios na Faixa de Gaza para serem anexados a Israel até que o Hamas liberte todos os reféns.
Katz disse que as tropas devem retirar as populações palestinianas das áreas adicionais ocupadas para expandir as zonas de segurança e, assim, "proteger as comunidades israelitas e os soldados israelitas através do controlo israelita permanente do território".
As forças israelitas também ocuparam parcialmente o corredor de Netzarim, que separa o norte e o sul de Gaza.
O ministro da Defesa avisou que Israel "vai intensificar os combates com ataques aéreos, marítimos e terrestres, expandindo as manobras terrestres", até que os 59 reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza sejam libertados "e o Hamas seja derrotado".
O Hamas atacou o sul de Israel em 07 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e tomando outras 251 como reféns.
Em resposta, Israel lançou um ataque em grande escala na Faixa de Gaza, matando mais de 49.000 pessoas, na maioria civis, segundo números das autoridades locais, destruindo a maior parte do enclave palestiniano, que está mergulhado numa grave crise humanitária.
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