"O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, falou recentemente com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. Os dois abordaram os desenvolvimentos regionais, incluindo a libertação dos reféns e o recomeço dos combates na Faixa de Gaza", indicou o gabinete de Netanyahu num comunicado.
"O secretário de Estado norte-americano Rubio expressou o apoio inabalável dos Estados Unidos a Israel e às suas políticas", sublinha-se no comunicado.
Posteriormente, noutra nota de imprensa, o Departamento de Estado norte-americano informou que Marco Rubio falou com Netanyahu sobre as operações militares em curso na Faixa de Gaza, bem como sobre as iniciativas para obter a libertação dos reféns israelitas que continuam nas mãos do movimento islamita palestiniano Hamas.
O chefe da diplomacia norte-americana "transmitiu igualmente a determinação do Governo em restaurar a liberdade de navegação no mar Vermelho, através de operações militares contra" os rebeldes iemenitas Huthis, devido à sua ofensiva contra várias províncias do Iémen.
Rubio expressou ainda o apoio de Washington a Netanyahu após o ataque israelita que incendiou o hospital Nasser, o maior hospital do sul da Faixa de Gaza, situado em Khan Yunis, matando um adolescente de 16 anos e um membro do gabinete político do Hamas.
O Ministério da Saúde de Gaza confirmou ter encontrado nos escombros o corpo do adolescente, que "tinha sido operado dois dias antes".
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) confirmou que a outra vítima mortal era Ismail Barhum, membro do gabinete político e do Conselho da Shura, o mais alto órgão consultivo do Hamas.
A conversa telefónica entre o líder israelita e o chefe da diplomacia norte-americana ocorreu depois de Israel ter quebrado o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza na madrugada de terça-feira e ter retomado os bombardeamentos em todo o enclave, matando mais de 670 pessoas - mais de 40% das quais crianças e menores - e ferindo outras 1.200, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde de Gaza, que a ONU costuma considerar fidedignos.
Quanto à nova ofensiva israelita, os Estados Unidos asseguraram que o Hamas "teve a oportunidade de libertar mais reféns e prolongar o cessar-fogo", mas optou pela "rejeição e pela guerra", nas palavras do porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Brian Hughes, apesar de ter sido Israel a recusar-se a negociar a segunda fase do acordo que implicava o fim da guerra e a retirada das suas tropas de Gaza.
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