Interpol detém mais de 300 pessoas em África por cibercriminalidade

Mais de 300 pessoas foram detidas em sete países africanos e quase 2.000 aparelhos eletrónicos apreendidos, no âmbito de uma vasta operação internacional de luta contra a cibercriminalidade, anunciou hoje a organização internacional da polícia criminal (Interpol).

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Lusa
24/03/2025 15:28 ‧ há 2 dias por Lusa

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Mais de 300 pessoas foram detidas em sete países africanos e quase 2.000 aparelhos eletrónicos apreendidos, no âmbito de uma vasta operação internacional de luta contra a cibercriminalidade, anunciou hoje a organização internacional da polícia criminal (Interpol).

 

Realizada entre novembro e fevereiro com o nome de código 'Cartão Vermelho', a operação visou "as fraudes bancárias com aparelhos móveis, de investimento e de aplicações de mensagens", declarou em comunicado a Interpol, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Em quatro meses, as autoridades do Benim, da Nigéria, do Ruanda, do Togo, da Costa do Marfim, da África do Sul e da Zâmbia "detiveram 306 suspeitos e apreenderam 1.842 aparelhos", tendo descoberto fraudes que fizeram mais de 5.000 vítimas, segundo a Interpol.

Na Nigéria, a polícia deteve 130 pessoas, incluindo 113 estrangeiros, por suspeita de "fraude em casinos e investimentos 'online'".

De acordo com a Interpol, "os suspeitos, que convertiam os ganhos em ativos digitais para encobrir os seus rastos, eram recrutados em diferentes países para levar a cabo estas operações ilegais no maior número de línguas possível". Por outro lado, apontou que alguns dos suspeitos podem ter sido "vítimas de tráfico de seres humanos, coagidos ou forçados a participar em atividades criminosas".

Na África do Sul, foram apreendidos mais de mil cartões SIM e cerca de 50 computadores de secretária e estações de base "ligados a um sofisticado esquema de fraude".

A Interpol notou ainda, segundo a AFP, que as autoridades ruandesas detiveram 45 membros de uma rede cujos membros se faziam passar por empregados das telecomunicações ou familiares de pessoas lesadas para extrair informações das suas vítimas e aceder às suas contas bancárias.

Leia Também: Cibercrime? MP recebeu número mais elevado de denúncias em 2024

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