"Esta é a primeira vez que falam comigo sobre isto", garantiu Donald Trump, em declarações aos jornalistas na Casa Branca que o questionavam sobre o artigo do diretor da revista The Atlantic, sobre ter sido incluído num grupo de mensagens com altos funcionários do Governo onde se trocavam informações sobre os recentes ataques contra os Huthis no Iémen.
Horas antes da declaração do Presidente, a Casa Branca já tinha dito que o diretor da revista norte-americana The Atlantic, Jeffrey Goldberg, pode ter sido incluído por engano num grupo de mensagens ultrassecreto de funcionários que discutiam ataques contra os Huthis no Iémen.
O caso, se vier a ser verificado, constitui uma das violações de segurança de maior visibilidade na história militar recente dos EUA.
"Parece que neste momento a cadeia de mensagens relatada no artigo é autêntica, e estamos a investigar como é que um número foi adicionado por engano", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Brian Hughes.
Num longo artigo na revista, Goldberg afirmou ter recebido antecipadamente - através de uma mensagem na Signal, uma plataforma de comunicação encriptada - o plano detalhado dos ataques dos EUA de 15 de março contra o grupo rebelde no Iémen.
"O secretário da Defesa, Peter Hegseth, enviou-me o plano de ataque", duas horas antes do início da iniciativa militar norte-americana, incluindo "informações precisas sobre armas, alvos e calendário", escreveu.
Goldberg acrescentou que um total de 18 pessoas estavam incluídas na partilha da informação, incluindo, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, o vice-Presidente, J.D. Vance, e o chefe dos serviços secretos (CIA), John Ratcliffe.
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