O porta-voz da Autoridade Nacional de Parques e Vida Selvagem do Zimbabué (ZimParks), Tinashe Farawo, indicou que esta iniciativa pretende aumentar os esforços de conservação e restaurar o equilíbrio ecológico nas áreas protegidas da Guiné Equatorial, onde a perda de habitat e o declínio histórico das populações de animais selvagens afetaram a biodiversidade.
Farawo explicou que esta iniciativa faz parte de um programa bilateral assinado com a Guiné Equatorial que começou em 2023.
"A translocação, que começou em 2023 a pedido do Governo da Guiné Equatorial, quando uma equipa de especialistas em vida selvagem do Zimbabué realizou uma avaliação de viabilidade ecológica para estudar o habitat da vida selvagem e a adequação da propriedade na Guiné Equatorial (...), vai permitir a transferência de dez impalas, dez palancas, dez pivas (uma espécie de antílope) e trinta zebras", disse.
De acordo com o porta-voz, estes animais não estão em perigo de extinção e serão transportados em segurança, obrigam as normas internacionais de transporte.
Além disso, veterinários irão verificar o seu estado de saúde, utilizarão voos com ar condicionado e dar-lhes-ão tempo para se adaptarem em compartimentos especiais.
"O processo de transferência obedece a protocolos rigorosos de bem-estar animal, incluindo avaliações veterinárias, transporte com controlo climático e recintos de aclimatação na Guiné Equatorial", afirmou.
O programa, acrescentou o porta-voz, visa revitalizar as áreas protegidas da Guiné Equatorial através da reintrodução da vida selvagem para restaurar o equilíbrio natural, impulsionar o turismo, apoiar a investigação e criar empregos no setor do ecoturismo para as comunidades locais.
A Guiné Equatorial faz parte da CPLP, criada em 1996 em Lisboa, juntamente com Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
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